PT ainda não decidiu quem substituirá Lula na corrida ao Planalto após confirmação de inelegibilidade

Apesar de estar ciente da inquestionável inelegibilidade de Lula, o PT continua fingindo que a candidatura do líder máximo da legenda é possível, como se leis devessem ser respeitadas de acordo com os interesses dos “companheiros”.

Com as eleições de outubro se aproximando, os prazos estabelecidos pela Justiça Eleitoral para a tomada de decisões em relação às candidaturas começam a ficar cada vez mais apertados, exigindo de partidos a tomada de decisões.

No caso de Lula, o PT começa a fazer mossa, na tentativa de desviar a atenção da opinião pública, ou então, a disputa nos bastidores do partido está muito maior do que muitos imaginam. Escolhido como candidato a vice na chapa liderada por Lula e para eventualmente substitui-lo, caso o ex-metalúrgico seja impedido de disputar a eleição, Fernando Haddad já não tem tanta certeza de que assumirá a missão de concorrer à Presidência da República.

Nesta quinta-feira (3), em Curitiba, após encontro com o condenado Lula, o ex-prefeito de São Paulo disse que o PT discute no momento quatro alternativas ao nome do ex-presidente, caso seja confirmada a sua inelegibilidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).


Se Fernando Haddad está a falar a verdade não se sabe, mas o UCHO.INFO crê que tudo não passa de um discurso com viés dissimulador, pois a hipótese de uma mudança radical na candidatura a essa altura dos acontecimentos seria uma operação perigosa e marcada pela irresponsabilidade.

Por outro lado, é preciso considerar que na cúpula petista há muitos “companheiros” inconformados” com a escolha do nome de Haddad para fazer dupla com Lula na corrida presidencial. Uma das descontentes é a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Helena Hoffmann, que há muito sonha em ocupar o principal gabinete do Palácio do Planalto. Esse sonho vem sendo alimentado desde o tempo em que Gleisi comandou a Casa Civil da Presidência, no governo Dilma.

Alçada à presidência do partido por determinação do petista-mor, Gleisi Helena tinha certeza de que seria escolhida por Lula para compor sua chapa à Presidência da República. Por enquanto, certo apenas é que Fernando Haddad é candidato a vice e Lula, se a Justiça autorizar, aparecerá nos programas eleitorais.

O problema que surge nesse imbróglio esquerdista envolve Manuela D’Ávila, do PCdoB, que continua em compasso de espera para assumir o posto de candidata a vice na chapa do PT. Manuela desistiu de concorrer ao Palácio do Planalto pelo PCdoB, a esperança de que faria dupla com Lula ou, na pior das hipóteses, com Haddad.