Dólar encerra o dia cotado a R$ 4,19, maior valor desde o Plano Real

O dólar encerrou o pregão desta quinta-feira (13) próximo dos R$ 4,20, maior patamar desde a criação do Plano Real. A moeda norte-americana fechou em alta de 1,21%, cotada a R$ 4,1957 para venda, superando o teto de R$ 4,1655 de janeiro de 2016.

No acumulado do mês, o dólar já apresenta valorização de 3,03% em relação ao real. O Banco Central segue com a política tradicional de swaps cambiais, sem efetuar na semana nenhum leilão extraordinário de venda futura de dólares, como fez há cerca de 15 dias para conter a valorização da divisa norte-americana.

Nesta quinta, o BC ofertou e vendeu integralmente 10,9 mil swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando US$ 4,360 bilhões do total de US$ 9,801 bilhões que vencem em outubro. Caso mantenha essa oferta diária e consiga vendê-la até o final de setembro, o BC terá feito a rolagem integral.


Os profissionais do mercado financeiro alertam que por conta de um cenário político marcado por incertezas o clima é de cautela, com os investidores aguardando a nova pesquisa do Datafolha, cujos resultados serão divulgados nesta sexta-feira (14). Além disso, seguem acompanhando os rumos da campanha do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), que está internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, e lidera a corrida ao Palácio do Planalto.

Bolsonaro voltou à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nesta quinta-feira após cirurgia de emergência em razão de obstrução intestinal. De acordo com novo boletim médico, divulgado pelo hospital nesta manhã, o candidato “evoluiu bem” após a intervenção cirúrgica. Além disso, segundo os médicos, “constatou-se um extravasamento de secreção entérica (secreção intestinal). A limpeza abdominal foi realizada como feito rotineiramente. O procedimento teve duração de duas horas.”

O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), terminou o dia em baixa de 0,58%, com 74.686 pontos. Os papéis da Petrobras tiveram desvalorização de 1,27%, seguidos pelos do Itaú (-0,55%) e Bradesco (-0,40%).