Haddad dispara salamaleques a Lula e coloca em risco candidatura e eventual chegada ao 2º turno

O Brasil vive um momento peculiar no âmbito político, sem que a opinião pública perceba o perigo iminente ronda a democracia, cenário provocado pela fumaça que brota da polarização que tomou conta do processo eleitoral.

No momento em que o discurso cada vez mais radical da direita dá sobrevida à esquerda, o candidato petista Fernando Haddad flerta com um passado que é condenado por nove entre dez brasileiros de bom senso, os quais sequer pensam em reviver o período de banditismo político levado às ultimas consequências por Lula e seus sequazes.

Guindado ao posto de candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad é um sujeito afável, como já noticiamos anteriormente, mas seu maior problema continua sendo o partido. E em termos políticos peca de forma recorrente ao rezar pela cartilha petista.

O presidenciável petista estaria disposto a conceder indulto a Lula caso seja eleito. Apesar de legalmente ser impossível, essa foi a declaração do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), em recente conversa com líderes políticos e aliados. Questionado por jornalistas sobre o assunto no domingo (16), Haddad fugiu da resposta, como esperado, mas disse que é preciso fazer uma reflexão sobre o golpe que apeou Dilma Rousseff do poder.

Fernando Haddad, assim como todo o PT, precisa abandonar o discurso do golpe, pois Dilma foi ejetada da Presidência com base no que determina a legislação vigente. De tal modo, impeachment não é golpe. Ademais, essa cantilena já perdeu a validade.


Não obstante, Haddad afirmou que Lula será um “grande conselheiro” do governo caso eleito. Em outras palavras, o Brasil corre o sério risco de mais uma vez ser vítima do populismo boquirroto de Lula, que levou dezenas de milhões de brasileiros a experimentar a mais grave crise econômica da história nacional, com direito a desemprego, desajuste fiscal, falta de investimentos e outras mazelas.

Presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, a senadora paranaense Gleisi Helena Hoffmann tem afirmado que Lula conseguirá reverter a condenação em breve e terá à disposição o cargo que desejar em eventual governo Haddad. Que a presidente dos petistas abusa do devaneio todos sabem, mas essa é uma declaração quem nada ajuda a participação petista na corrida presidencial.

Enquanto conjecturas pululam na cúpula do PT, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, um petista visceral, disse nesta segunda-feira (17) que “dificilmente” a prisão de Lula será derrubada em julgamento em plenário de recurso da defesa do petista. Apesar dessa declaração, todo cuidado é pouco.

O Brasil precisa estar atento, pois radicalismo, de esquerda ou de direita, serve apenas para empurrar a democracia na direção do abismo. É importante ter consciência de que o retrocesso, independentemente da ideologia, é um caminho sem volta.