Por causa de ameaças, sertaneja Marília Mendonça apaga publicação contra o radical Jair Bolsonaro

A cantora sertaneja Marília Mendonça apagou de seu perfil no Instagram publicação sobre o movimento #EleNão, contra Jair Bolsonaro, o candidato do PSL à Presidência da República. Na rede social, a cantora afirmou que ela e sua família passaram a sofrer ameaças desde que aderiu à campanha, após desafio proposto por Daniela Mercury.

“Eu sou uma menina de 23 anos, cheia de amigos das mais variadas formas e conceitos, que sempre respeitou o seu espaço e construiu, com apenas algumas boas torcidas e muita fé, o que tenho hoje. Em uma noite, tudo o que foi construído com amor e carinho foi apagado na mente de algumas pessoas”, escreveu. “Deixo aqui o meu pedido de desculpas a todas as mulheres que acreditei estar defendendo naquele momento. Deixo aqui o meu pedido de desculpas a todos os homens por, em um instante de loucura, acreditar que uma opinião não feriria vocês.”

“Minha mãe tem recebido ataques tanto quanto o restante da minha família que nem compartilha da mesma opinião que a minha”, destacou a cantora. “Deixo aqui essa mensagem, e o meu profundo silêncio em qualquer questão que seja política. A gente pede encarecidamente PAZ!” Marília terminou a mensagem destacando que não opinaria porque não sabe “do que o Brasil precisa”.


A cantora continua dividindo os fãs, como mostram os comentários da última publicação, pois muitos são contra e outros tantos a favor de Jair Bolsonaro. O presidenciável tornou-se alvo de uma campanha nas redes sociais na última semana, quando a hashtag #EleNão passou a circular com força. No último final de semana, Daniela Mercury convocou uma nova onda de manifestações, propondo a Anitta que aderisse ao movimento.

Não é de hoje que o UCHO.INFO alerta para o perigo da radicalização do discurso de Bolsonaro e de seus descontrolados seguidores, os quais recorrem ao chamado “vale tudo” para intimidar e ameaçar aqueles que se opõem ao candidato do PSL.

Se Jair Bolsonaro é o único candidato capaz de resolver os problemas do Brasil, como ele próprio afirma – o UCHO.INFO pensa o contrário –, não há razão para um discurso marcado pelo ódio e pela intolerância. De igual modo, se seus seguidores garantem que o presidenciável vencerá a disputa no primeiro turno com esmagadora maioria de votos, não há motivo para intimidações e ameaças.

A exemplo do que anunciamos há muito, o discurso radical de Bolsonaro abriu caminho para o crescimento da esquerda nacional, que levou o País à mais grave crise econômica, institucional e ética da história. Os esquerdistas estavam a se preparar para o rescaldo da derrota nas urnas, quando foram surpreendidos por uma “tábua de salvação” oferecida por Bolsonaro. Não foi por falta de aviso.