Por causa do Enem, governo adia para 18 de novembro início do horário de verão

A um mês das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o governo federal adiou o início do horário de verão para o dia 18 de novembro. O texto com a decisão será publicado no Diário Oficial da União. A data final para o horário de verão foi mantida para o terceiro domingo de fevereiro de 2019.

Com o recuo de uma hora nos relógios mantido para 16 de fevereiro, o horário de verão 2018-2019 terá 91 dias de duração, 35 a menos do que em 2017-2018. No ano passado, o governo Michel Temer chegou a cogitar acabar com a mudança, que atinge sobretudo o Sudeste.

Nas redes sociais, o ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva, comemorou a mudança. “Candidatos terão mais tranquilidade para fazer as provas! Caso o horário de verão iniciasse no primeiro dia de provas do Enem, como estava previsto, muito provavelmente acarretaria prejuízos aos participantes.”

O pedido para mudar o início do horário de verão foi encaminhado pelo Ministério da Educação à Presidência da República. As provas do Enem estão marcadas para os dias 4 e 11 de novembro em todo o país. A previsão é de que 5,5 milhões de estudantes participem.


Locais

No início do horário de verão, os relógios devem ser adiantados em uma hora. O horário é adotado nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal.

Normalmente, a mudança de horário ocorre em outubro, mas no final do ano passado, o presidente Michel Temer assinou decreto adiando o início para novembro. Também houve uma discussão em torno da mudança de datas em decorrência do período eleitoral – o primeiro turno é no próximo domingo, 7, e o segundo dia 28.

Consequências

Se por um lado a mudança do início do horário do verão beneficiou os inscritos no Enem, por outro gerou críticas de alguns setores, como o de aviação comercial, por exemplo. Em nota, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) manifestou-se contra à mudança. De acordo com a entidade, pelo menos 3 milhões de passageiros em 42 mil voos das companhias associadas à ABEAR serão afetados com o adiamento do início do horário de verão para o dia 18 de novembro.

“Essa mudança trará sérias consequências para o planejamento da operação aérea e, consequentemente, para os consumidores com volume expressivo de passageiros podendo perder voos, pois os bilhetes foram adquiridos com antecedência”, informou o órgão.

A ABEAR solicitou à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), à Secretaria de Aviação Civil (SAC), à Casa Civil e aos ministérios dos Transportes e Minas e Energia a manutenção da data prevista de início do horário de verão, dia 4 de novembro.

“A ABEAR reafirma que a antecedência na definição do período do horário de verão é fundamental para garantir o pleno funcionamento do setor, seja em voos domésticos (onde há diferentes fusos horários), seja em voos internacionais (conectividade com mais de 50 países). Mudanças em curto período trazem riscos a toda a operação das companhias aéreas”, alegou a associação. (Com ABr)