Roberto Castello Branco aceita convite para presidir a Petrobras; Guedes vence disputa com Mourão

O economista Roberto Castello Branco aceitou o convite para assumir a presidência da Petrobras no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro, anunciou nesta segunda-feira (19) a assessoria de imprensa do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes.

Indicado por Guedes para presidir a estatal, Castello Branco tem pós-doutorado pela Universidade de Chicago e “extensa experiência nos setores público e privado”, de acordo com nota divulgada pela assessoria do futuro titular da Economia, também conhecido como o “Posto Ipiranga” de Bolsonaro.

Paulo Guedes também estudou na universidade norte-americana, onde fez mestrado e doutorado. Ambos são amigos desde os anos 1980, quando Roberto Castello Branco presidiu o Ibmec (1981-1984), instituição de ensino fundada pelo futuro ministro.

Castello Branco foi diretor do Banco Central e da mineradora Vale e fez parte do Conselho de Administração da Petrobras entre 2015 e 2016, durante o governo Dilma Rousseff. Atualmente é diretor do Centro de Estudos em Crescimento e Desenvolvimento Econômico da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e professor da instituição.


O atual presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, deve permanecer no cargo até a nomeação do novo timoneiro da petrolífera, mas ao mesmo tempo está cotado para assumir a presidência do Banco do Brasil.

Em outubro, o jornal “Folha de S.Paulo” antecipou que Castello Branco era o mais cotado para assumir o comando da Petrobras. Segundo a Folha, o nome do economista foi alvo de disputa, com Guedes defendendo a indicação de Castello Branco, e o vice-presidente eleito preferindo um militar para o cargo.

Muito estranhamente, Monteiro deixará a Petrobras após ser elogiado pelo vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, que há dias visitou a estatal e ficou “muito bem impressionado” com a radiografia da empresa apresentada pelos diretores-executivos da estatal. Diz a sabedoria popular que em time que está ganhando não se mexe.

Além de Guedes e Castello Branco, Bolsonaro já anunciou para sua equipe econômica os nomes de Roberto Campos Neto, indicado para presidir o Banco Central, e de Joaquim Levy, ex-ministro de Dilma e que assumirá o comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). (Com agências de notícias)