Mercado financeiro reduz estimativa de inflação deste ano de 4,13% para 3,94%

    A estimativa de instituições financeiras para a inflação este ano caiu pela quinta vez seguida. De acordo com pesquisa do Banco Central (BC), divulgada nesta segunda-feira (26), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ficar em 3,94%. Na semana anterior, a projeção estava em 4,13%.

    Para 2019, a projeção da inflação passou de 4,20% para 4,12%. Não houve alteração na estimativa para 2020: 4%. Para 2021, passou de 3,90% para 3,86%. A meta de inflação a ser perseguida pelo BC, este ano, é de 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6%.

    Para 2019, a meta é 4,25% com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. Já para 2020, a meta é 4%, e, para 2021, 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos (2,5% a 5,5% e 2,25% a 5,25%, respectivamente).

    Taxa básica de juro

    Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como instrumento a taxa básica de juro, a Selic, atualmente em 6,5% ao ano. Para o mercado financeiro, a Selic deve permanecer em 6,5% ao ano até o fim de 2018.

    Em 2019, a expectativa é de aumento da taxa básica, terminando o período em 7,75% ao ano. A previsão anterior era 8% ao ano. Para o término de 2020 e 2021, a expectativa segue em 8% ao ano.


    Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque as taxas de juro mais altas encarecem o crédito e estimulam a poupança.

    Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação.

    A manutenção da taxa básica de juro, como prevê o mercado financeiro este ano, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação.

    Crescimento econômico

    As instituições financeiras ajustaram a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,36% para 1,39% em 2018. Para os próximos três anos, a estimativa segue em 2,50% nos próximos três anos.

    Câmbio

    A expectativa do mercado financeiro para a cotação do dólar segue em R$ 3,70 no final do corrente, mas foi elevada de R$ 3,76 para R$ 3,78 no término de 2019. (Com ABr)