Copa Libertadores: Gênova, na Itália, quer sediar final entre River Plate e Boca Juniors

A enorme confusão que se formou no entorno da decisão da Copa Libertadores da América, entre River Plate e Boca Juniors, na esteira dos incidentes do último sábado (24) provocaram o adiamento da partida para data a ser definida pela Conmebol. Isso significa que o jogo que definirá o campeão das Américas poderá acontecer bem longe de Buenos Aires.

Nesta segunda-feira (26), a cidade de Gênova, na Itália, se ofereceu para receber a partida de volta entre as equipes argentinas, marcada para o estádio Monumental de Nuñez, casa do River Plate, que acabou não acontecendo por causa da violência dos torcedores.

O secretário de Esportes de Gênova, Stephen Anzalone, convidou os presidentes do River Plate, Rodolfo D´Onofrio, e do Boca Juniors, Daniel Angelici, para retornar às suas origens e levar a decisão ao Estádio Luigi di Ferraris.

Em carta endereçada aos cartolas argentinos, Anzalone destaca os laços que une Gênova aos dois clubes que decidirão a Copa Libertadores – ambos foram fundados por imigrantes genoveses no início do século XX no bairro de La Boca, em Buenos Aires.


“Ficaríamos muito orgulhosos de sediar grandes clubes como Boca e River e recebê-los em nossa cidade no que é, de certa forma, também a sua primeira casa”, escreveu Anzalone na carta.

“Também seria mais uma oportunidade para dar visibilidade internacional a Gênova neste momento de dificuldade e para renovar o profundo sentimento de amizade que historicamente nos une a essas sociedades (clubes)”, completou.

Nesta terça-feira (27), a Conmebol fará uma reunião extraordinária em sua sede, em Luque, no Paraguai, com os presidentes dos dois clubes para definir a data e horário da segunda partida da final – a primeira terminou em um empate por 2 a 2, no estádio La Bombonera, casa do Boca Juniors.

No último sábado (25), o ônibus do Boca Juniors foi atingido por garrafas e pedras na chegada ao estádio Monumental de Nuñez. Vários jogadores se machucaram e a partida, inicialmente marcada para 18 horas (horário de Brasília), foi atrasada por duas vezes, antes de ser transferida para o domingo.

No dia seguinte, o “onze” de La Bombonera alegou falta de “condições de igualdade” e, após muita discussão, conseguiu adiar a partida para uma data a ser definida pela Conmebol. É preciso reconhecer que o clima de beligerância que tomou conta da disputa deixou os jogadores sem condições psicológicas para a partida de volta.