França reforça segurança para as comemorações do Ano Novo

O Ministério do Interior da França anunciou no domingo (30) o deslocamento de 147 mil agentes das forças de ordem, segurança civil e militar para garantir a ordem durante os festejos de Ano Novo em um “contexto da ameaça terrorista” e possíveis protestos.

“Com efeito, a celebração da chegada de 2019 se inscreve em um contexto de uma ameaça terrorista que continua sendo elevada e de movimentos reivindicativos não declarados na via pública”, declarou o ministério em comunicado publicado no Twitter.

Após o sétimo sábado de protestos dos coletes amarelos, no qual o governo contou apenas 12 mil manifestantes frente aos 38.600 da semana passada e dos 66.000 da anterior, o movimento tem a intenção de protagonizar novas concentrações na noite de 31 de dezembro.

Em páginas do Facebook, membros do movimento vêm manifestando a intenção de fazer bloqueios em rotatórias e estradas, além de realizar uma concentração na Avenida Champs Élysées, em Paris. Mas o governo já demonstrou que está disposto a impedir essas manifestações.


“Em função dos imperativos locais, os governadores regionais estabelecerão dois perímetros de proteção para assegurar os locais de afluência, como permite a lei que reforça a segurança interior e a luta contra o terrorismo. Este será o caso da Champs Élysées de Paris”, afirmou na nota.

Junto ao Arco do Triunfo, que marca o início da avenida, acontece, além disso, a contagem regressiva para o Ano Novo, que também é transmitida pelas principais emissoras de televisão do país.

O conjunto do território nacional também ficará coberto pelo dispositivo de vigilância antiterrorista Vigipirate, menos de um mês depois do atentado no mercado de Natal de Estrasburgo. Será dada prioridade à segurança em grandes espaços comerciais, lugares de reunião e infraestruturas de transporte público.

Nas estradas, o Ministério do Interior indicou que serão realizadas operações para dissuadir os cidadãos de dirigir sob os efeitos do álcool ou entorpecentes e prevenir comportamentos perigosos. (Com agências internacionais)