Brasil está encantado com Michelle Bolsonaro, que ainda não falou sobre o depósito de Fabrício Queiroz

Vencido o dia da posse de Jair Bolsonaro, o novo presidente da República, a maioria dos brasileiros acordou encantado com a primeira-dama Michelle Bolsonaro, que no parlatório do Palácio do Planalto dirigiu-se aos apoiadores do marido com discurso em linguagem de sinais.

Parte da imprensa, dada aos rapapés de conveniência, dedicou espaço no noticiário para exaltar a “doçura” (sic) de Michelle, sendo que alguns veículos de comunicação já apostam que a primeira-dama poderá ser o “coringa” do presidente, que comanda um governo quase machista.

Enquanto a imprensa, por questões de instinto de sobrevivência, prefere os “panos quentes” em vez do bom jornalismo, a sociedade é induzida a esquecer os tropeços de Michelle Bolsonaro, que do dia para a noite foi transformada, com a ajuda de alguns jornalistas sabujos, em Cinderela tupiniquim.


Em entrevista, após o segundo turno da eleição presidencial, Michelle garantiu rebateu a acusação de que o marido era misógino. Disse à época a agora primeira-dama que Bolsonaro havia se casado com a filha de um cearense, o que mostra que Michelle desconhece o significado de misógino ou, então, confundiu com xenófobo. Mesmo assim, não foi poupada nas redes sociais.

Recentemente, uma notícia sacudiu o núcleo familiar de Jair Bolsonaro. Michelle havia determinado a retirada de todas as obras de arte sacra do Palácio da Alvorada, a começar pelo quadro “Orixás”, que retrata divindades do Candomblé. Pelo fato de ser evangélica, a primeira-dama não gostaria de viver rodeada por imagens de santos.

A notícia repercutiu nos meios de comunicação, obrigando Jair Bolsonaro a desmentir o fato e a afirmar que se tratava de “fake news”, como sempre. Apesar do esforço do agora presidente, Michelle foi criticada pelos internautas.

Cada brasileiro é livre para pensar o que quiser a respeito de Michelle Bolsonaro, até porque o Brasil ainda é uma democracia, mas a primeira-dama ainda não se pronunciou sobre o depósito de R$ 24 mil feito por Fabrício Queiroz em sua conta bancária. Apenas o presidente da República deu explicação controversa e pouco convincente sobre o escândalo envolvendo o ex-assessor do seu filho, o senador eleito Flávio Bolsonaro.