Bolsonaro recorre à covardia mais uma vez e, pressionado, muda discurso agressivo sobre o Carnaval

Diz a sabedoria popular que “cachorro que late não morde”. Isso significa que muito ruído é comportamento típico de covarde, cenário que se encaixa perfeitamente em Jair Bolsonaro, o presidente da República, que insiste em fazer barulho para camuflar sua conhecida covardia.

Depois de ser alvo de uma enxurrada de críticas na esteira da publicação de vídeo sobre comportamento despudorado e questionável de foliões no carnaval, papel que não compete a um chefe de Estado que se preze, Bolsonaro, aconselhado por assessores palacianos, decidiu colocar a covardia na avenida e mudar o discurso radicalmente.

Em nota distribuída pela assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, Bolsonaro afirma que sua intenção não era criticar o Carnaval, mas uma situação pontual. Mas na postagem em sua conta no Twitter, ponto de partida da colossal polêmica, o tom foi outro.

“Não houve intenção de criticar o carnaval de forma genérica, mas sim caracterizar uma distorção clara do espírito momesco, que simboliza a descontração, a ironia, a crítica saudável e a criatividade da nossa maior e mais democrática festa popular”, afirmou o covarde Jair Bolsonaro.

Alegando que a cena contida no tal vídeo escandalizou o País, o presidente afirma que o ato protagonizado por dois foliões configura crime, mas não especifica qual. “É um crime, tipificado na legislação brasileira, que violenta os valores familiares e as tradições culturais do carnaval”, ressalta o texto.


Inicialmente, a assessoria de imprensa disse que não se manifestaria sobre o caso por se tratar de assunto relacionado à conta pessoal de Bolsonaro no Twitter, que o presidente usa diariamente para governar (sic).

Despreparado e sem estofo para ocupar o cargo de presidente da República, Bolsonaro é uma figura tosca que repetidas vezes é obrigado a se submeter às ordens dos assessores, o que evita que o governo vá pelos ares antes da hora.

Após as repercussões de negativas e um longo e quase obsequioso silêncio do Planalto, Bolsonaro foi convencido por aliados a divulgar uma nota de esclarecimento.

Ele recebeu em seu gabinete o general Augusto Heleno, ministro-chefe do GSI, e Otávio Rêgo Barros, porta-voz da Presidência. Durante o encontro ficou decidido que o melhor seria a elaboração de um texto conciliador, mantendo o discurso conservador sobre as cenas do vídeo, mas deixando evidente um recuo do presidente em relação às críticas ao Carnaval, maior festa popular do País.

Em pouco mais de dois meses, Bolsonaro já mostrou a que veio: causar confusões, enquanto o País aguarda soluções para os muitos problemas que afligem os brasileiros. Sem doses mínimas de competência para comandar o País, Jair Bolsonaro decretou a falência do seu governo com uma postagem pífia e descabida, atitude típica de populista de quinta que não consegue existir sem jogar para a plateia.

Os brasileiros que se preparem, pois a classe política há de reagir com base na fraqueza de um governo que vive à sombra de recuos e de um presidente que mais parece uma catapulta de escândalos. Em suma, resta saber por mais quanto tempos os principais nomes do governo permanecerão ao lado de alguém tão desqualificado.