O empresário Sadi Gitz, do setor de cerâmica, suicidou-se com um tiro na cabeça diante do governador de Sergipe, Belivaldo Chagas, e do Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, durante abertura do “Simpósio de Oportunidades: Novo cenário do gás natural em Sergipe”, que aconteceria, a partir desta quinta-feira (4), em Aracaju.
De acordo com pessoas que testemunharam o suicídio, Sadi Gitz se levantou após o discurso do governador sergipano e teria gritado: “Belivaldo, você é mentiroso” e dado um tiro na própria boca.
Fontes do governo de Sergipe revelaram que Gitz era dono de uma fábrica de cerâmica que havia entrado em processo de estagnação por causa do alto preço do gás, o que levou a empresa à insolvência.
A indústria de cerâmica Escurial enfrentava dificuldades há algum tempo e atualmente está em recuperação judicial. A empresa passou a consumir gás com pagamento antecipado e há cerca de dois meses paralisou as atividades por problemas de caixa.
O governo de Sergipe usou as redes sociais para lamentar o ocorrido e informou o cancelamento do evento, conforme nota pública oficial publicada no Twitter (confira abaixo).
“O Governo do Estado de Sergipe lamenta o ocorrido com o empresário Sadi Gitz, da cerâmica Escurial, que cometeu suicídio durante o evento. Por conta do ocorrido, o Simpósio de Oportunidades para o novo cenário do gás natural em Sergipe está cancelado.”
Trajetória
Nascido em Porto Alegre, Sadi Paulo Castiel Gitz era graduado em Matemática, Engenharia Mecânica e Administração, com pós-graduação em Engenharia Naval e Engenharia de Segurança pela PUC do Rio Grande do Sul e MBA em Gestão pela Fundação Getúlio Vargas.
No serviço público atuou na Superintendência de Transporte e Trânsito (SMTT) e na Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb). Ex-presidente da Associação Comercial e Empresarial de Sergipe (Acese), atuava como diretor presidente da Cerâmica Sergipe S/A, fundada por ele em 1986.
