Intolerante e racista, Bolsonaro revela essência neofascista ao se calar no Dia da Consciência Negra

O Brasil caminha a passos largos e rápidos na direção do retrocesso, da radicalização e do obscurantismo, como antecipou o UCHO.INFO durante a corrida presidencial de 2018, em referência à então possível vitória de Jair Bolsonaro.

Com a onda neofacista que avança sobre o País, movimento que tem na proa ninguém menos que o presidente da República, defender o respeito à Constituição e exigir tratamento isonômico ao s cidadãos transformaram-se em ato revolucionário, como se o Estado Democrático de Direito simplesmente inexistisse.

No Dia da Consciência Negra, comemorado na quarta-feira (20), Bolsonaro preferiu ignorar o tema, mesmo estando à frente de uma nação cuja sociedade é majoritariamente negra. O comportamento canhestro do presidente da República confirma os alertas feitos por esse portal, pois Jair Bolsonaro, sempre movido pela intolerância, é inegavelmente racista, entre outros adjetivos depreciativos.

A omissão de Bolsonaro no Dia da Consciência Negra é mais um ingrediente perigoso na explosiva receita que move sua militância, sempre pronta para radicalismos torpes. Prova disso é o crescimento assustador da intolerância no País, sendo que o chefe do Executivo não dispensa um só comentário para pedir moderação aos apoiadores.


É importante que alguém comunique ao presidente que estar presidente da República significa governar para todos os cidadãos, independentemente de filtros sociais, econômicos e intelectuais, até porque, como reza a Constituição Federal em seu artigo 5º (caput), “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”.

No momento em que o presidente se omite em data de tamanha relevância, até porque a discriminação em relação aos negros, em especial, continua a existir de maneira vexatória e criminosa, aos ouvidos dos defensores do radicalismo chega a mensagem de que a divisão da sociedade é o único caminho para resgatar a nação.

Que Jair Bolsonaro alimenta-se no cocho da delinquência intelectual todos sabem, mas não se pode aceitar passivamente a atitude covarde de alguém que, enquanto candidato ao Palácio do Planalto, recorreu ao discurso de ódio para sair vitorioso.

Ou a sociedade reage com firmeza e celeridade ao governo antidemocrático de Bolsonaro, que cada vez mais aposta na polarização, ou aceita a ideia de que o Brasil em pouco tempo será dominado por uma minoria elitista e neofascista.