A falta de libido nas mulheres

(*) Andréa Zuppini –

andrea_zuppini_02Libido (do latim, significando “anseio ou desejo”) é caracterizada como a energia aproveitável para os instintos de vida. De acordo com Freud, o ser humano apresenta uma fonte de energia separada para cada um dos instintos gerais. A libido apresenta uma característica importante que é a sua mobilidade, ou a facilidade de alternar entre uma área de atenção para outra.

No campo do desejo sexual está vinculada a aspectos emocionais e psicológicos. Santo Agostinho foi o primeiro a distinguir três tipos de desejos: a “libido sciendi”, desejo de conhecimento; a “libido sentiendi”, desejo sensual em sentido mais amplo; e a “libido dominendi”, desejo de dominar.

A maior parte das mulheres não consegue despertar toda a sua energia sexual devido a três fatores: cansaço, medo e raiva.

Cansaço

Uma resposta comum quando uma mulher é questionada sobre a sua energia sexual é: “Estou muito cansada. Sinto-me exausta. Há sempre tanta coisa para fazer, que nem consigo imaginar ter ainda energia para o sexo. O cansaço é aquilo que realmente me impede de fazê-lo.”

Colocar o sexo no fim da lista de prioridades revela a nossa ignorância em relação ao poder do sexo para aumentar nossa reserva de energias. O cansaço é uma realidade nas nossas vidas agitadas e exigentes. Mas o sexo não tem de ser a última coisa da lista, aquela à qual quase nunca se chega. O sexo pode ser o antídoto contra a exaustão. Quantas vezes não lhe resistimos e depois damos por nos sentir bem: “Foi magnífico! Estava mesmo a precisar disto. Porque não o faço mais vezes?”

Medo

Outra resposta frequente é relacionada com o medo: “Não tenho a certeza de querer ter sexo. Sinto receio de me envolver, pelo menos por agora. É por isso que resisto ao sexo.”

O medo, em todas as suas formas, algumas bem sutis, provoca normalmente bloqueios no sexo. Desde a infância começam a surgir os alertas de perigo em relação ao sexo. As meninas são o alvo maior das mensagens. A ideia de que o sexo é perigoso, sujo, mau, perdura muitas vezes por toda a vida e transforma-se sistema de defesa contra tudo o que diz respeito a ele. As meninas são avisadas que podem engravidar, contrair doenças ou ganhar má reputação, caso sejam ativas sexualmente.

Tudo isto cria muitas vezes medos inconscientes que podem perturbá-las emocionalmente até quando se tornam mulheres adultas e independentes sexualmente, ou nas relações amorosas mais seguras e sérias. Para algumas mulheres, o medo de se sentirem vulneráveis anda a par com o medo de se perderem totalmente no intenso turbilhão do sexo apaixonado.

Os traumas do passado também deixam igualmente marcas de apreensão a nível emocional. No caso de mulheres que foram molestadas na infância, por um namorado ou assediadas de outra forma, o medo é um fator determinante na sua visão do sexo.

Existe ainda outra dimensão do medo associado ao corpo e está relacionada com a vergonha e o medo de se expor. Muitas mulheres ainda pensam que para terem valor têm que ter formas perfeitas, nenhuma celulite ou cicatriz. Medem a sua aparência por padrões impostos e passam o tempo a esconder as suas “vergonhosas imperfeições” em vez de se ligarem à sua irradiação sexual interior.

A vergonha traduz-se na sua incapacidade de entrega quando fazem amor.

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Raiva

O terceiro bloqueio comum é a fúria: “Estou danada! Não estou feliz e, quando não estou feliz, não há sexo para ninguém!”.

A irritação é um sentimento frequente que aniquila o bom sexo. Poderá estar relacionada com ofensas mínimas ou grandes insultos. Por vezes a fúria não está relacionada com alguma coisa em particular. Trata-se de um azedume de longa data relativamente a tudo em geral.

Outra questão sexual que enfurece as mulheres é sentirem-se que fazem amor de forma mecânica. Sentem-se como se estivessem a ser usadas.

Mulheres, digamos a nós mesmas

“Vou despertar aquela parte de mim que tem estado adormecida. Reconheço agora que a tenho ignorado porque me foi ensinado que desfrutar do sexo era algo sujo, ou porque certa vez saí magoada, ou porque tenho andado tão cansada que até me esqueci da energia que o sexo me dá”.

É chegado o momento de esta energia reaparecer. Não porque queremos agradar a alguém ou por uma questão de dever, mas porque queremos que a energia dela penetre na nossa vida.

(Adaptação resumida de um texto de Lana Holstein e David Taylor)

Sobre a MICROFISIOTERAPIA

A técnica terapêutica pode auxiliar também nos estados de falta de ânimo, energia, sensação de esgotamento, desinteresse em geral. Ao detectar a causa dos sintomas que o paciente apresenta, é possível estimular o corpo para que se autocorrija e obtenha equilíbrio físico e mental. Isto inclui a regulação das glândulas endócrinas trazendo uma melhor secreção de hormônios na corrente sanguínea, melhorando todas as funções do corpo!

(*) Andréa Zuppini é fisioterapeuta especialista em Microfisioterapia com formação internacional pela CFM – Centre de Formation en Microkinésithérapie e diplomada pela Escola de Terapia Manual e Postural do Paraná. (www.microfisioterapiaabc.com.br) – (11) 2889-0106

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