Acordo MST-Venezuela: Caiado acionará a PGR contra o ministro do Desenvolvimento Agrário

ronaldo_caiado_17Tempo quente – Líder da Oposição no Congresso Nacional, o deputado federal e senador eleito Ronaldo Caiado (Democratas-GO) anunciou que entrar com pedido na Procuradoria-Geral da República alegando crime de responsabilidade por parte do petista Miguel Rossetto, ministro do Desenvolvimento Agrário e um dos chamados “homens fortes” do governo de Dilma Rousseff.

Durante audiência realizada com Rossetto na Comissão de Agricultura e Desenvolvimento Agrário da Câmara, na manhã desta quarta-feira (12), o ministro afirmou não ter conhecimento algum sobre a firmação de convênios entre o MST e o governo venezuelano, os quais ferem a Constituição brasileira e o direito internacional. De acordo com Ronaldo Caiado, o ministro se oculta da responsabilidade de responder aos brasileiros sobre mais uma cortina de fumaça que busca esconder o avanço do bolivarianismo em território verde-louro.

“Onde está a soberania do governo brasileiro quando entra no Brasil um ministro venezuelano responsável pelos coletivos paramilitares do seu país e firma convênios para uma tal ‘revolução socialista no campo’ com o MST? Estamos falando de um movimento que sequer é reconhecido juridicamente”, lembrou Caiado ao citar o fato de que o MST não possui CNPJ e se mantém através de ONGs e OSCIPs financiadas pelo governo.

Durante a sessão foi apresentado um registro em vídeo retirado da imprensa oficial venezuelana no qual o ministro local Elías Jaua explica os convênios como forma de “buscar o entendimento para avançar a revolução socialista no Brasil”.

“O Artigo 1º da Constituição fala em valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. Essa coisa de governo socialista a ser implantado no Brasil é golpe à Constituição. Queremos saber qual é a posição do governo atual? Conviver com essa revolução socialista feita por um país estrangeiro à sua revelia?”, questionou.

O democrata também lembrou que em recente relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) a Venezuela foi considerada um “estado de exceção” por conta da violência com a qual o governo trata seus opositores e o desrespeito aos direitos humanos. “É essa a referência que eles estão exportando ao Brasil? Onde está a Venezuela para ser referência? Direitos humanos? Respeito ao cidadão? Estado democrático de direito?”, indagou.

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