Lição de casa – Matéria desta quarta-feira (25) do jornal “O Estado de S. Paulo” sugere que pode estar em curso uma “Operação Aloprados 2.0”, nos mesmo moldes da que abafou o escândalo do Dossiê Cuiabá.
Presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinícius Marques de Carvalho omitiu em pelo menos quatro currículos oficiais ter trabalhado para o deputado estadual Simão Pedro (PT), responsável por representações que apontavam suspeitas de formação de cartel, envolvendo contratos do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Uma cuidadosa operação foi montada para acobertar as ligações do presidente do Cade com o PT e, em especial, com o deputado estadual petista Simão Pedro (SP) responsável pelas denúncias de cartel. Essas ligações – Carvalho foi chefe de gabinete do deputado petista – se viessem a público evidenciariam a conotação política das denúncias do Cade contra os tucanos de São Paulo. A matéria do Estadão demonstra que a ainda ministra Gleisi Hoffmann (PT), da Casa Civil, foi uma das principais responsáveis pelo acobertamento das relações do presidente do Cade com o PT e com o deputado petista que denuncia os tucanos paulistas.
“Em 2012, a ministra Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, também encaminhou o currículo de Carvalho ao Senado. Ela apresentava seu nome para a presidência do Cade por quatro anos. A relação de “atividades profissionais” não mencionou, igualmente, sua passagem pela Assembleia Legislativa”, revela o Estadão.
O mais estranho é que a ligação de Vinícius de Carvalho com o PT não tem como ser ignorada, até porque ele é sobrinho de Gilberto Carvalho, ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República e olheiro de Lula no Palácio do Planalto. Diante de um DNA dessa natureza, esperar que algo diferente pudesse acontecer no Cade foi a prova maior da soberba e da inoperância da oposição.