Ainda sem explicar o caso do pedófilo da Casa Civil, Gleisi ousou cobrar explicações de Anastasia

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Longas e enfadonhas, as sessões da Comissão Especial do Impeachment (CEI) têm apresentado o que todos esperavam: um embate sem fim entre favoráveis e contrários ao impedimento da ainda presidente Dilma Vana Rousseff. É fato – e não poderia ser diferente – que ambos os lados apresentariam alegações de todos os naipes, cada uma respaldando a respectiva tese, mas a paciência do cidadão já acabou. Enquanto isso, o Brasil sangra à sombra de uma crise profunda e sem precedentes, que contempla a briga insana dos petistas pela permanência no poder.

Se por um lado a oposição defende o impedimento alegando o cometimento de crime de responsabilidade, por outro a base aliada, agora minguada, afirma que impeachment sem crime é golpe e que Dilma é uma mulher honrada. Em discussão não está a honra da presidente da República, mas o desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal e à Constituição Federal. Política, sabem os parlamentares, é um jogo bruto e nele só entra que tem força e disposição para a batalha.

Independentemente desse cenário cansativo, em que sobram teorias obtusas e interpretações de conveniência da legislação vigente, as sessões da Comissão têm sido pontuadas por desvarios por parte dos integrantes da tropa de choque palaciana. A musa desse bloco dos absurdos é a senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR), que não sabe mais o que fazer para salvar a pele e o mandato da “companheira” Dilma.

A persistência míope e burra de Gleisi, a Joanna D’Arc das Araucárias, é tamanha, que seu comportamento já lhe rendeu o apelido de “Magda do Impeachment”, em alusão ao folclórico e popular personagem interpretado pela atriz Marisa Orth no humorístico “Sai de Baixo”.

Na terça-feira (3), como estivesse fazendo um patrulhamento dos integrantes da direção da CEI, Gleisi, ao final dos trabalhos, criticou o relator Antonio Anastasia (PSDB-MG), que se ausentou do plenário por alguns instantes no momento em que os convidados encerravam os depoimentos. A senadora paranaense, como se fosse um vigilante do campo de Treblinka, disse que nesta quarta-feira (4) cobraria explicações de Anastasia.


É importante lembrar que a Comissão do Impeachment não funciona isolada e solitariamente no Senado, cabendo aos senadores a participação em todas as atividades parlamentares da Casa, como comissões permanentes, sessões plenárias, despachos no gabinete, entre outras. Fora isso, senadores são pessoas supostamente comuns e como tal têm necessidades fisiológicas.

Se há alguém na política nacional que não tem moral para cobrar explicações, Gleisi Hoffmann é a primeira da fila. Afinal, a senadora petista ainda não explicou aos brasileiros a sua decisão de indicar um pedófilo conhecido (Eduardo Gaievski), condenado a mais de cem anos de prisão, para cargo de confiança na Casa Civil da Presidência.

Ademais, Gleisi, que cada vez mais afunda na lama do Petrolão e foi acusada por cinco delatores da Operação Lava-Jato de ter recebido propina do esquema criminoso, ainda não explicou o motivo de dinheiro desviado do Ministério do Planejamento foi parar na conta de um advogado curitibano, que por sua vez pagou o salário do motorista da senadora. O esquema no Planejamento foi descoberto pela Polícia Federal na Operação Pixuleco II e confirmado pelo ex-vereador petista Alexandre Romano, o Chambinho.

Envergonhando o Senado e o Paraná com suas declarações estapafúrdias, Gleisi não aceita a ideia de agir dentro do limite da própria incompetência. Por isso protagoniza no Parlamento incursões que beiram a ópera bufa. No dia quem que a senadora descobrir que política é assunto sério e que o Congresso Nacional não é picadeiro, quem sabe o Brasil poderá sonhar com dias melhores. Até lá, a receita é tomar medicamentos contra náuseas e ouvir o besteirol da senadora.

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