Alta do dólar e elevação do desemprego mostram que economia brasileira afunda na crise

crise_economica_12Ladeira abaixo – Ministro da Fazenda, Joaquim Levy tenta reverter o caos que se agiganta sobre a economia brasileira, mas tirar coelhos da cartola não é e jamais foi sua especialidade. Corrupto, paralisado e incompetente, o desgoverno da petista Dilma Rousseff vem recebendo críticas de todos os cantos, mas os palacianos continuam soberbos e dormindo em berço esplêndido, como se o cotidiano do país fosse reflexo imediato do Hino Nacional.

Enquanto a estagnação econômica tenta escapar das garras da recessão, Dilma vê seus discursos ufanistas irem pelo ralo do descrédito, até porque mentiras não se sustentam por muito tempo. A presidente reeleita, durante a campanha de 214, tentou vender aos brasileiros a ideia absurda de que o Brasil é uma reedição do país de Alice, aquele das maravilhas, o que só teria ocorrido por causa da atuação do seu partido, o PT, mas os que acreditaram nessa balela começam a perceber que a realidade é diferente, dura e implacável.

Nesta quinta-feira (26), logo pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou um dado que causa preocupação: o ano de 2015 começou com elevação da taxa de desemprego, que em janeiro saltou para 5,3%, contra 4,3% do mês anterior (dezembro) e 4,8% em janeiro do ano passado. Trata-se do maior índice desde setembro de 2015, quando ficou em 5,4%.

O governo federal por certo escalará alguém para dar uma daquelas desculpas e esdrúxulas, mas as razões para a alta do desemprego no País são velhas conhecidas dos leitores do UCHO.INFO. Há muito que o site alerte para o fato que aumento sobremaneira nos últimos anos o número de pessoas que deixaram de trabalhar e de procurar emprego. Isso porque as esmolas sociais criadas pelo governo, que funcionam como ferramenta para ampliar e manter o curral eleitoral, criaram uma massa de desocupados e de desinteressados pela labuta. Sem contar o universo bizarro dos chamados “nem-nem”, os que nem estudam e nem trabalham.

Como a crise econômica avançou a passos largos nos últimos doze meses, a inflação passou a corroer com mais volúpia o poder de compra dos salários, que na média são desanimadores. Com isso, os cidadãos tiveram de buscar alternativas de sobrevivência, como, por exemplo, procurar emprego. Ou seja, quem estava no desvio da desocupação precisou arregaçar as mangas ou pele menos ensaiar o gesto. Acontece que a geração de empregos, ao contrário do que anuncia o governo, vem caindo de forma preocupante. Tanto é assim, que quem saiu à procura de emprego voltou para casa na mesma condição: a de desempregado.

Fora isso, a queda consecutiva no consumo tem obrigado muitas empresas a reduzirem o número de funcionários, o que também contribui para o aumento do universo de desempregados.

Seguindo o lema de que desgraça pouca é bobagem, na barafunda chamada Brasil a economia continua sendo nocauteada pela realidade. Nas primeiras horas após a abertura do mercado de câmbio, nesta quinta-feira, o dólar operou em queda, mas logo inverteu a mão e passou a valorizar. A moeda norte-americana fechou o dia valendo R$ 2,885, valorização de 0,6%, maior cotação desde 15 de setembro de 2004, quando atingiu a marca de R$ 2,903.

A alta do dólar nesta quinta foi influenciada por informações vindas dos Estados Unidos. O Federal Reserve (versão norte-americana do nosso Banco Central) pode começar a elevar a taxa de juro até o meio deste ano. Com isso, os capitalistas que buscam investimentos mais seguros devem migrar suas economias para papeis do Tesouro dos Estados Unidos, por exemplo, conhecidos no mercado internacional como Tresury Bills, ou simplesmente T-Bills.

Para piorar o que já era ruim, o governo, no afã de tentar atingir a meta de economia de gastos prevista para 2015, impôs redução de 23,7% nos gastos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) somente até abril deste ano. A decisão, que compromete ainda mais a já sacrificada economia brasileira, consta de decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff e publicado, nesta quinta-feira, em edição extra do “Diário Oficial da União”.

O secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, explicou que diante da não aprovação, pelo Congresso Nacional, do Orçamento da União de 2015, o governo decidiu pela limitação de gastos por meio de decreto temporário. Com validade até abril, o decreto em questão poderá ser revogado a partir do momento em que o Legislativo aprovar o Orçamento de 2015. Por enquanto o governo trabalha com os chamados duodécimos, o que emperra o crescimento do País e cria um clima de desconfiança e instabilidade econômica.

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