Anúncio do aumento dos combustíveis no fim do mês foi drible para maquiar a inflação

Mágica de araque – Sem ter o que fazer diante dos bilionários prejuízos acumulados nos últimos anos pela Petrobras, o que levou a estatal perder posições no ranking das empresas mais valiosas do planeta, o Palácio do Planalto foi obrigado a aumentar os preços dos combustíveis, mesmo que essa decisão necessária impacte no cálculo da inflação, que há muito está fora de controle.

Como a sede do governo não é um monastério, pelo contrário, os palacianos se valeram de um drible para anunciar os aumentos no preço da gasolina e do óleo diesel. Deixaram para o apagar das luzes de janeiro, o que não provocará estragos tão grandes na inflação do primeiro mês do ano, o que poderia puxar para cima a onda de pessimismo que já toma conta da economia.

Especialistas acreditam que a alta da gasolina e a redução das tarifas de energia elétrica devem provocar um impacto pequeno na inflação, mas isso não passa de conjecturo de teóricos de gabinete. No dia a dia a realidade enfrentada pela população é outra, até porque a inflação real, que se esconde entre os produtos expostos nas prateleiras dos supermercados, é bem maior do que a anunciada pelas autoridades do governo.

O que o Planalto tenta fazer, já que seus ocupantes não sabem agir e desconhecem qualquer simples significado da palavra “planejamento”, é maquiar a inflação, passando à opinião pública a falsa sensação que Dilma e sua equipe de gênios são capazes de reverter a crise, desde que o povo tenha paciência, Armadilha para 2014, que terá no centro da culpa a crise internacional. Típica conversa que não consegue fazer dormir um boi sequer.