Lava-Jato: ao pedir afastamento de procurador, Lula mostra-se arrogante e descontrolado

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Quando o assunto é delinquência política, o Partido dos Trabalhadores puxa a fila, a exemplo do que a legenda demonstrou ao longo da última década. Na quarta-feira (27), como se o Brasil fosse desprovido de leis e ordenamento jurídico, os advogados do lobista-palestrante Lula protocolaram no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) pedido para que um dos principais integrantes da força-tarefa da Operação Lava-Jato, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, seja afastado das investigações que envolvem o ex-presidente.

Para a defesa, que se retorce entre interpretações descabidas da lei para defender um indefensável, Lima tem dado “declarações de pré-julgamento” e expressando “juízos de valor” sobre o petista na imprensa sem “nenhum fato concreto, julgamento justo ou mesmo apuração concluída”.

Os advogados ainda acusam o procurador de “ter afrontando o princípio da presunção da inocência e sigilo de Justiça, e por ter revelado um anseio pessoal em envolver indevidamente o ex-presidente na Lava Jato”.

Os defensores de Lula também pedem que o Conselho atue para que o procurador não dê mais declarações sobre as investigações que envolvem o ex-presidente e seus familiares, como se o clã do responsável pelo período mais corrupto da história nacional fosse um inalcançável. A petição lembrou que o próprio procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em mensagem enviada em março aos membros do Ministério Público, pediu para que os procuradores evitassem radicalização e partidarização de investigações criminais.


Em entrevista à revista Época, Carlos Fernando afirmou que há uma linha de investigação que aponta Lula como o chefe do esquema de desvios da Petrobras. O que não é novidade para quem conhece a fundo o maior escândalo de corrupção de todos os tempos, o Petrolão, instalado na estatal petrolífera com a explícita anuência do Palácio do Planalto. Nesta quarta, o procurador deu declarações semelhantes à Rádio Jovem Pan.

As investigações sobre o ex-presidente estão, atualmente, sob os cuidados do Supremo Tribunal Federal e não da força-tarefa da Lava-Jato. O relator do caso no CNMP, responsável por tratar de questões administrativas relacionadas a procuradores do Ministério Público, será o conselheiro Leonardo Henrique de Cavalcante Carvalho.

No momento em que recorreu ao expediente bandoleiro de transformar-se em ministro de Estado para, no vácuo do chamado “foro privilegiado”, escapar de eventual mandado de prisão no escopo da Lava-Jato, Lula perdeu o direito de insistir em sua falsa inocência. As provas recolhidas ao longo das investigações apontam o ex-presidente como um dos responsáveis pelo assalto aos cofres da Petrobras, mas o petista prefere alegar que é vítima de perseguição por parte do que ele ousa chamar de “República de Curitiba”.

Lula aposta na teoria insana de Paul Joseph Goebbels, chefe da propaganda nazista, para quem uma mentira repetida mil vezes torna-se uma verdade, mas ignora uma das mais célebres frases de Abraham Lincoln: “Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo.”

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