Após elogiar invasões, que chamou de “exemplo para o Brasil”, Gleisi diz lamentar morte de estudante

gleisi_hoffmann_1068

A senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR), grande incentivadora das invasões de escolas no Paraná e que chama o movimento bandoleiro de “exemplo para o Brasil”, decidiu lamentar – três dias depois – a morte de um estudante de 16 anos, assassinado por um colega em escola de Curitiba depois de uma sessão de drogas injetáveis.

As escolas invadidas no Paraná, segundo inúmeros relatos, foram transformadas em palco de orgias sexuais, uso de drogas e vilipêndio a símbolos nacionais. A bandeira brasileira foi substituída pela do PCdoB nos mastros das escolas.

As invasões transformaram-se em questão central da campanha pela prefeitura de Curitiba. O segundo turno é disputado por Rafael Greca (PMN) e Ney Leprevost (PSD), este último coligado ao PCdoB, que comanda as invasões através de seus braços ligados ao movimento estudantil. A situação complicou muito depois que Leprevost admitiu, durante debate da RIC/TV, que Matheus Santos, líder e principal mentor das invasões no Paraná, trabalha para sua campanha.

Enquanto a política ferve, Gleisi Hoffmann, que apoia Leprevost de forma interesseira e por baixo do pano, tenta consertar o estrago provocado pela escancarada defesa que faz das criminosas invasões.


Assustada com a revolta provocada por seu posicionamento, especialmente depois da morte do estudante Lucas Eduardo Araújo Mota, Gleisi emitiu nota lamentando a morte. “Neste momento de tristeza para toda a população, manifesto minha solidariedade aos familiares e amigos. É preciso que os fatos sejam rigorosamente apurados”, defendeu a senadora.

Uma posição bem diferente da euforia revelada, menos de uma semana atrás, quando a senadora revelou todo o seu “orgulho” com as invasões: “O movimento dos estudantes secundaristas paranaenses realmente está sendo exemplo de resistência não só à PEC 241, mas principalmente à medida provisória de reforma do Ensino Médio. Eu fico bem orgulhosa com isso, porque os estudantes do Paraná, geralmente considerado um estado mais conservador, mais à direita, estão mostrando um grande vigor nessa luta de todos nós”.

Na nota de pesar a senadora não deixou de expressar todo o seu fanatismo ideológico e a falta de empatia com o sofrimento da família do adolescente. Sua principal preocupação foi com a ideia que a morte pudesse beneficiar a “direita”.

“Não podemos permitir que grupos de extrema direita tentem usar essa tragédia para desmobilizar o movimento estudantil Ocupa Paraná, que não tem nenhuma responsabilidade em relação ao ocorrido. Todas as ocupações estão acontecendo de forma pacífica, inclusive com acompanhamento do Conselho Tutelar”, escreveu a petista, ré pro corrupção em processo que tramita no Supremo Tribunal Federal.

apoio_04