Aprovação da lei sobre dívidas estaduais funcionará como tônico para o retorno da esquerda bandoleira

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O maior pecado da grande imprensa brasileira é o medo de opinar diante de fatos políticos que beiram as raias do absurdo, quiçá muitas vezes as ultrapasse. Quando o UCHO.INFO alertou para o perigo que representa a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de, trabalhando contra o governo, ter se empenhado para aprovar o projeto que trata da negociação das dívidas dos estados em crise financeira, sem que fossem mantidas as contrapartidas, o fez com base não apenas na matéria em si, mas nas consequências desastrosas que surgirão da mesma.

Se o Congresso Nacional é soberano no âmbito de suas decisões, nem sempre lógicas, ao presidente da República sobra soberania para, como chefe do Executivo, vetar leis absurdas que atentam contra a dura realidade enfrentada por uma nação que há dois anos está mergulhada nas águas turbulentas da recessão econômica.

O perigo não reside apenas na falta de contrapartidas por parte dos estados no caso da renegociação das dívidas, mas nas consequências políticas que surgirão em breve no horizonte nacional. A questão das dívidas estaduais é extremamente preocupante, pois razões eleitorais levarão os governadores à manutenção da gastança, o que viola a Lei de Responsabilidade Fiscal.

O Brasil só chegou a essa situação porque os petistas Lula e Dilma Rousseff, incompetentes fantasiados de gênios tropicais, decidiram que gastar mais do que arrecada era a tábua da salvação do País. O absurdo foi tamanho, que maquiar as contas públicas e adotar as chamadas “pedaladas fiscais” foram as saídas que restaram ao partido responsável pelo período mais corrupto da história brasileira.


De olho na reeleição como presidente da Câmara dos Deputados, mesmo sabendo que sua pretensão política atropela a Constituição Federal e o Regimento Interno da Casa, Rodrigo Maia traiu o Palácio do Planalto e jogou para a plateia ao aprovar o projeto que trata da renegociação das dívidas estaduais ceifando as contrapartidas. Político menor no cenário verde-louro e com lugar de destaque no Democratas porque a legenda é uma espécie de capitania hereditária (hoje os caciques do partido são filhos de alguns pajés democratas), Maia precisa dos votos da oposição raivosa para ser reeleito.

A atual oposição, formada em sua maioria pela esquerda bandoleira que até recentemente apoiava o desastroso governo Dilma, busca desesperadamente uma atalho para ressurgir na cena política do País, depois da lambada que levou nas urnas das recentes eleições municipais. Sem discurso e ignorando os monumentais estragos promovidos no País à sombra do populismo esquerdista, ao longo de pouco mais de treze anos, a oposição faz das medidas impopulares que precisam ser adotadas pelo governo de Michel Temer a senha para o ressurgimento. E a eliminação das contrapartidas nas renegociações das dívidas estaduais é o primeiro passo na direção do milagre da ressuscitação política.

Alguém há de dizer que Temer pode vetar, no todo ou em parte, o projeto que agora é lei, mas isso é combustível para que a corrente política que assusta os brasileiros de bem recobre as forças. Afinal, esse reabastecimento político surgirá a reboque de discursos messiânicos, do tipo salvadores da pátria. Outros dirão que o Palácio do Planalto poderá exigir as tais contrapartidas no momento das renegociações pontuais das dívidas, mas isso também funcionará como injeção de ânimo para o bloco político que levou o Brasil à ruína e tentou implantar no País um modelo de governança semelhante ao que arremessou a Venezuela no buraco de uma crise estratosférica.

Mesmo assim, há aqueles que creem ser Rodrigo Maia um político moderno e com visão de futuro, mas tudo o que o ainda presidente da Câmara consegue enxergar é o mesmo que contemplavam os détraqués do seu partido. Em suma, se os brasileiros não redobrarem o interesse pela política, tornando-se cada vez mais vigilantes, e voltarem às ruas, em breve o Brasil retomará o caminho do retrocesso.

Sempre lembrando que qualquer movimento pela democracia deve respeitar a legislação vigente, começando pela Carta Magna. Enquanto isso, com medo de perder suas fontes de informação, a grande mídia permanece contemplativa, arriscando, vez por outra, um palpite levemente condimentado.

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