Brasil entra em recessão técnica e mostra que Dilma não pode mais continuar no comando do País

(AFP - Getty Images)
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Fim de linha – “Nunca antes na história deste país”. Se Luiz Inácio da Silva, o alarife e lobista Lula, um dia disse algo lógico e com propriedade, a frase lapidar que abre esta matéria por certo é a pérola maior e mais rara. O que Lula não poderia prever é que o bordão, criado para debochar da oposição e incensar um governo corrupto, ladrão e incompetente, fosse se transformar em um tiro pela culatra.

Depois de doze anos de desmandos políticos e seguidos desacertos na economia, Lula, o doutor honoris causa (sic), vem a público para reconhecer que o Partido dos Trabalhadores e o governo erraram na condução da economia. Tarde demais para um país que vive momentos de terra arrasada.

Confirmando os muitos alertas do UCHO.INFO sobre o descompasso da economia nacional, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (28) dados que mostram que o Produto Interno Bruto (PIB) recuou 1,9% no segundo trimestre de 2015, em relação período imediatamente anterior. Isso significa que o País está em “recessão técnica”, quando a economia registra dois trimestres seguidos de queda. De janeiro a março deste ano, o PIB teve baixa de 0,7% (dado revisado).

No trimestre em questão (segundo), contribuíram para o desempenho negativo da economia a queda dos investimentos e a diminuição do consumo, além do aumento dos criminosos gastos do governo federal.

Na análise dos setores econômicos, todos registraram queda, movimento puxado pela indústria, que apresentou retração de 4,3%. Na sequência surge a agropecuária, com recuo de 2,7%, e o setor de serviços, com 0,7% de queda.

Na comparação com o segundo trimestre de 2014, a baixa foi ainda avassaladora, queda de 2,6%. Trata-se do maior índice negativo desde o primeiro trimestre de 2009, quando o recuo também foi de 2,6%. Em termos financeiros, o PIB no segundo trimestre deste ano alcançou a marca de R$ 1,43 trilhão.

“Várias coisas voltam lá para 2009. Na época, em 2008 e 2009, o consumo das famílias não tinha sido tão afetado [pela crise], existiam medidas para tentar reduzir o efeito [sobre o consumo das famílias]. São momentos um pouco diferentes [2015 e 2009], mas ambos com turbulências internacionais. Isso é um fato similar, no caso. Agora, obviamente que a turbulência tanto política quanto econômica está afetando todas as atividades. É um movimento que está afetando a economia toda”, destacou a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca de La Rocque Palis.

No momento em que o País está mergulhado em grave e preocupante crise, o governo não consegue fazer a lição de casa, anunciada para amenizar o pacote de ajuste fiscal. Ou seja, o governo petista de Dilma Vana Rousseff, a “gerentona” inoperante, continua a gastar como se o Brasil fosse a casa do Tio Patinhas. Fora isso, a devastação provocada pela incompetência do governo bandoleiro do PT inviabilizou investimentos em setores cruciais, como o da infraestrutura, por exemplo.

Reação da oposição

Tão logo o IBGE anunciou os trágicos resultados do PIB, lideres da oposição não perderam tempo e partiram para o ataque, o que não poderia ser diferente. Para o líder do Democratas no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO), o balanço é preocupante, principalmente pela agropecuária, que demonstrava vigor mesmo com a crise econômica, mas já apresenta retração de 2,7% quando comparada ao trimestre anterior.

“Dilma conseguiu derrubar até a agropecuária conforme havíamos alertado. O cenário é de terra arrasada para esse e para o próximo ano. Indústria, investimentos, consumo das famílias, tudo ladeira abaixo. E advinha o que subiu? O consumo do governo. Os avanços dos últimos anos na economia estão seriamente comprometidos e esse governo não tem condições nem capacidade de mudar esse cenário.”, lembrou Caiado.

Com a recessão, a inflação próxima de dois dígitos, o desemprego e a desvalorização da moeda, o democrata comparou a situação brasileira com a década de 80, quanto o país amargou um dos piores momentos para a economia nacional.

“Os jovens não sabem, mas isso lembra o cenário devastador dos anos 1980. Inclusive com o governo culpando a ‘crise mundial’. É um discurso que não cola quando os Estados Unidos começa a crescer ao ritmo de 3,7%. A sociedade como um todo precisa entender que com Dilma e o PT no governo, a situação só vai piorar. Vamos esperar mais três anos?”, questionou.

Presidente nacional residente nacional do PPS, o deputado federal Roberto Freire (SP) disse, nesta sexta-feira (28), que para os brasileiros o pior lado da notícia é que torna-se difícil saber quando o País sairá dessa situação. “A recessão já vinha sendo sentida pelas famílias e pelas empresas. O anúncio dela já estava previsto”, afirmou.

Para Freire, o governo “é de uma incompetência tão impressionante que qualquer previsão de enfrentamento e saída da crise é frágil e se desmancha com total facilidade no ar, a ponto de estar se consolidando, na opinião pública nacional, a ideia de que não temos mais governo e de que é necessário construirmos um novo governo”.

Por conta desse cenário de débâcle econômica, o presidente do PPS entende que as oposições precisam estar atentas para possivelmente iniciar um processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

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