Britânico que aparece em vídeos do grupo terrorista “Estado Islâmico” é identificado

(Reuters)
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Camisa de força – O extremista encapuzado que aparece em vídeos de decapitação de reféns ocidentais do grupo terrorista “Estado Islâmico” (EI) é britânico, cresceu em Londres e chama-se Mohammed Emwazi, como noticiaram nesta quinta-feira (26) a emissora britânica BBC e o jornal norte-americano “The Washington Post”.

A polícia metropolitana britânica (Met) não comentou as notícias que identificaram “Jihadi John”, apelido que teria ganho dos próprios reféns. Mas o centro de estudos de extremismo da londrina King’s College, considerado referência no estudo de jihadistas, classificou a notícia como provavelmente “precisa e correta”.

O jornal britânico “The Guardian” e a BBC noticiaram a identidade do radical, mas não mencionaram a origem da informação. O “The Washington Post” citou um amigo de Emwazi, que o identificou: “Não tenho dúvida de que Mohammed é Jihadi John”.

O suspeito, de cerca de 25 anos, pertence a uma família de classe média e estudou informática antes de viajar para a Síria, em 2012. Ele teria se mudado para o Reino Unido aos 6 anos.

“Jihadi John”, apelidado dessa forma por causa do beatle John Lennon e da pronúncia britânica, é considerado responsável pelas execuções dos jornalistas norte-americanos James Foley e Steven Sotloff, e dos trabalhadores humanitários britânicos David Haines e Allan Henning e americano Abdul Rahman Kassig.

O militante extremista aparece também num vídeo com os reféns japoneses Haruna Yukawa e Kenji Goto, executados pouco depois.

Em todos os vídeos, “Jihadi John” aparece vestido de preto, sendo visíveis apenas os olhos, e segura uma faca enquanto profere ameaças contra o Ocidente. Ele é um dos quatro britânicos que vigiam reféns ocidentais do EI e que receberam apelidos com os nomes dos integrantes dos Beatles: John, Paul, George e Ringo.

De acordo com responsáveis dos serviços secretos britânicos, cerca de 500 radicais que cresceram no Reino Unido integram as fileiras do EI na Síria e no Iraque. (Com agências internacionais)

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