Câmara aprova em segundo turno PEC do Teto de Gastos; matéria agora segue para votação no Senado

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A Câmara dos Deputados aprovou, em segunda votação, por 359 votos a favor e 116 contra, o texto-base da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241/2016, que limita os gastos do governo federal por vinte anos, com direito a reajuste pelo índice da inflação do ano anterior.

A discussão da matéria, que começou na tarde desta terça-feira (25) no plenário da Câmara, foi marcada por discursos enfadonhos utópicos da oposição, eminentemente esquerdista, que durante anos a fio apoiou os desmandos dos governos petistas de Lula e Dilma Rousseff. O palavrório oposicionista nem de longe traduz a realidade dos fatos, pois o governo não pode continuar gastando mais do que arrecada, como fez Dilma em seus dois mandatos (o último foi interrompido em 13 de maio passado).

Na primeira votação, o governo conseguiu 366 votos a favor da matéria, mas por conta da proximidade do segundo turno das eleições municipais, alguns parlamentares estão em viagem ou em campanha. A Câmara seguirá com a sessão, pois ainda há na pauta de votação seis destaques, sendo que um deles tenta tira dessa limitação de gastos os setores da saúde e da educação.


A discussão da matéria e o processo de votação foi interrompido por causa dos manifestantes que ocupavam a galeria do plenário e passaram a gritar palavras de ordem contra o governo de Michel Temer. Infelizmente, esses manifestantes são usados como massa de manobra da oposição, pois sequer sabem o que está em discussão. Protestam contra cortes de gastos, mas desconhecem a real situação do País.

Com a aprovação na Câmara, a PEC 241 seguirá para o Senado, onde terá de ser aprovada em dois turnos e por maioria qualificada. No Senado o empecilho que preocupa o Palácio do Planalto atende pelo nome de Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente da Casa.

Como antecipou o UCHO.INFO, Renan continua fermentando o episódio da Operação Métis, da Polícia Federal, que acabou com a prisão de quatro integrantes da Polícia do Senado e a apreensão de equipamentos de varredura eletrônica. Os policiais legislativos foram presos sob a acusação de, sob as ordens de Renan Calheiros, prestarem a senadores serviços de contrainteligência com o estrito objetivo de atrapalhar as investigações da Operação Lava-Jato.

Por conta desse fato, Renan está transformando o governo Temer em seu refém de luxo, já que espera uma solução para o caso, que agora será decidido pelo Supremo Tribunal Federal. Preocupado com a aprovação das medidas econômicas que buscam tirar o Brasil do atoleiro da crise, o núcleo duro do Palácio do Planalto teme retaliações por parte do presidente do Senado.

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