Caminhão atropela dezenas de pessoas e deixa nove mortos ao avançar contra mercado de Natal em Berlim

alemanha_1009

Em Berlim, um caminhão invadiu uma calçada e avançou contra um mercado natalino nesta segunda-feira (19), por vota das 17 horas (horário local). Segundo a polícia alemã, ao menos nove pessoas morreram e 50 ficaram feridas. O incidente ocorreu no mercado natalino na Breitscheidplatz (Praça Breitscheid), no bairro de Charlottenburg, na parte ocidental da capital alemã.

De acordo com a agência alemã de notícias DPA, que citou informações policiais, as autoridades partem do princípio de que o incidente na feira de Natal foi um ataque terrorista. Não está descartada a possibilidade de o atentado ter sido levado a cabo por divergências religiosas.

O responsável pelo ataque fugiu após o ataque, mas um fotógrafo da DPA informou que policiais fortemente armados estão próximos do Jardim Zoológico. Uma pessoa suspeita de ser o motorista do caminhão foi presa por policiais.

O caminhão invadiu a calçada em frente à Igreja Gedächniskirche. Um vídeo via Facebook Live do diário local “Berliner Morgenpost” mostra barracas do mercado natalino destruídas e, ao fundo, o som de numerosas sirenes de carros policiais. Autoridades fecharam a rua onde aconteceu o ataque, evacuaram o mercado natalino e bloquearam diversos acessos ao local.


Se as autoridades alemãs confirmarem que o ataque foi um atentado, como está sendo especulado, será o segundo caso na Europa utilizando um caminhão como arma. Em julho passado, um veículo atropelou uma multidão na cidade litorânea francesa de Nice, matando 86 pessoas, além do condutor.

O ataque desta segunda-feira não pode ser considerado como reflexo da política da chanceler alemã Angela Merkel de receber refugiados, em especial da destruída Síria, pois nesse processo alguns terroristas aproveitaram a crise migratória para, de forma infiltrada, chegarem à Europa.

Merkel vinha recuperando a popularidade com vistas à disputa de um novo mandato à frente do governo da Alemanha, em 2017, mas a possível confirmação de que o atentado foi obra de jihadistas, com ou sem ligação com grupos radicais, será uma ducha de água fria nas pretensões políticas da primeira-ministra. (Com agências internacionais)

apoio_04