Casa Rosada tenta culpar a Justiça dos EUA pelo calote da dívida argentina

cristina_kirchner_22Sinuca de bico – A esquerda latino-americana é tão incompetente que sempre precisa arrumar algum culpado para suas lambanças. A Casa Rosada, sede do Executivo argentino, informou que a falta de acordo com credores internacionais, chamados de “fundos abutres”, é culpa da Justiça dos Estados Unidos. Ora, a Argentina despeja no mercado financeiro papeis da dívida do país, se recusa a pagar o que deve e ainda critica os que desejam receber aquilo que lhes é devido.

Administrar uma nação sem se preocupar com os compromissos financeiros e transformar o país em reduto de uma ideologia utópica e devastadora é muito fácil. Cristina Fernández de Kirchner, a bolivariana que dança na terra do tango, ainda consegue arrancar apoio dos parceiros de Mercosul.

Quem puxou a fila desse apoio foi a petista Dilma Rousseff, que adora vociferar contra a Casa Branca, apenas porque isso deixa feliz o facinoroso Fidel Castro, ditador aposentado que continua dando a última palavra em Cuba. Kirchner deveria pedir socorro ao “chofeur” do socialismo do século XXI, o venezuelano Nicolás Maduro, pois foi seu padrinho, o tiranete Hugo Chávez, quem ajudou a empurrar a Argentina ladeira abaixo.

Os negócios planetários, sem exceção, são movidos pelo capital, mas a Argentina bolivariana deseja que os donos do dinheiro sejam prejudicados apenas porque um bando de incompetentes resolve brincar de governar. Se a maioria dos credores concordou com a reestruturação da dívida argentina, não significa que a minoria deva aceitar silenciosamente o prejuízo.

No momento em que as autoridades esquerdistas entenderem que no bolso não há ideologia que reine, que não a do capital, possivelmente a situação do país sul-americano começará a melhorar, mesmo que minimamente. Madame Kirchner continua acreditando que com a cangalha do utópico esquerdismo que sopra na América Latina poderá manter relações com o restante do planeta.

Fosse hábil como governante e ciente da própria incompetência, a mandatária argentina teria sido menos abusada nas relações internacionais. O melhor exemplo de que o planeta não funciona na frequência dos ditadores sul-americanos surgiu durante o mais recente encontro dos BRICS, quando Dilma tentou arrumar um empréstimo para a Argentina, o primeiro do fundo monetário criado pelo bloco.

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