China pede prudência diante do acirramento das tensões na Coreia do Norte

O presidente da China, Xi Jinping, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, conversaram por telefone com o presidente norte-americano, Donald Trump, nesta segunda-feira (24), em meio a preocupações de que Pyongyang possa realizar novo teste nuclear ainda nesta semana, desafiando as sanções imposta pela Organização das Nações Unidas (ONU).

De acordo com uma declaração do Ministério das Relações Exteriores da China, Xi Jinping disse a Trump que Pequim é contra qualquer ação que viole as resoluções do Conselho de Segurança da ONU. “A China espera que todas as partes relevantes exerçam prudência e evitem fazer qualquer coisa para piorar a tensa situação na península”, destaca o comunicado.

Segundo a agência oficial Xinhua, os líderes concordaram em manter abertos os canais de contato para tratar de questões que preocupem as duas potências.

Apesar de condenar a beligerância da Coreia do Norte, a China continua sendo o único aliado e provedor financeiro do isolado país comunista e teme o que pode acontecer se o vizinho entrar em colapso ou numa guerra.


EUA e Japão concordam em estreitar cooperação

Pouco antes, Donald Trump e o premiê japonês concordaram em manter estreita cooperação para lidar com a Coreia do Norte e permanecer em alerta. Os dois líderes, que conversaram ao telefone durante cerca de meia hora, mostraram-se “completamente de acordo” com esforço conjunto para “buscar o autocontrole da Coreia do Norte, que continua os seus perigosos atos de provocação”, indicou Abe.

O premiê japonês agradeceu ainda a disposição do governo americano em manter “todas as opções em cima da mesa” para lidar com Pyongyang.

O regime recluso da Coreia do Norte, liderado por Kim Jong-un, normalmente conduz seus testes de armas em dias que coincidem com datas de importância nacional. Na terça-feira, o país celebrará o 85º aniversário da fundação de seu Exército.

A conversa entre Trump e Abe ocorreu um dia depois de as Forças de Autodefesa do Japão terem iniciado manobras junto à frota do porta-aviões americano de propulsão nuclear Carl Vinson no Oceano Pacífico, antes de este seguir, nos próximos dias, para águas próximas da península coreana.

O governo de Pyongyang considerou a decisão americana de enviar a embarcação militar ao Mar do Japão uma provocação bélica e advertiu para o início de uma “guerra termonuclear”, caso Washington continue com manobras. As tensões na Península da Coreia aumentaram ainda mais quando Pyongyang reportou ter detido um cidadão americano que estava deixando a Coreia do Norte na última sexta-feira (21). (Com agências internacionais)

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