Cochilo de 45 minutos ajuda a melhorar a memória, além de revigorar energias e aumentar aprodutividade

cochilo_01Carga rápida – Segundo o site Daily Mail, cientistas da Universidade de Saarland, na Alemanha, afirmam que um cochilo de 45 minutos pode melhorar a memória em até cinco vezes. Eles explicam que um cochilo de menos de uma hora pode ajudar a reter as informações que você aprendeu no dia. Isso porque, durante o sono, o cérebro desempenha um papel importante na consolidação de dados aprendidos recentemente.

Depois de realizar uma pesquisa com estudantes, os pesquisadores da universidade concluíram que um cochilo no escritório ou na escola é suficiente para melhorar significativamente a aprendizagem. “Onde quer que as pessoas estejam, devemos considerar seriamente sobre os efeitos positivos do sono”, diz o professor Axel Mecklinger, que liderou essa pesquisa.

Winston Churchill defendia o cochilo no meio tarde. “É uma maneira de ter dois dias em um”, ressaltava. Bill Clinton, Lance Armstrong, Napoleão Bonaparte, Einstein e Leonardo da Vinci também sempre apoiaram o descanso vespertino. A Toyota no Japão instituiu a prática como obrigatória. Além de ter funcionários mais motivados, a direção diz que economiza dinheiro, já que as luzes da fábrica são apagadas no período.

Houve um tempo em que dormir no serviço era sinônimo de gente preguiçosa e sem pique para trabalhar. Essa época já passou. Tradição em muitos países, especialmente os latinos e na Espanha, a “siesta” começa a vencer preconceitos e ser levada a sério pelos brasileiros. Isso porque tirar de 10 a 40 minutos para uma cochiladinha pós-almoço revigora o cérebro, desperta a atenção e prepara a pessoa para o “segundo round” no exaustivo dia de trabalho. E, melhor ainda, excetuando os casos de insônia crônica, não afeta o sono noturno.

A Nasa fez uma pesquisa com pilotos e constatou que aqueles que tiravam um momento de cerca de 20 minutos para cochilar em vôos de grande distância tinham um ganho de 34% na performance e 54% no estado de alerta comparado aos que não praticavam a “siesta”. Além disso, um estudo conduzido pela Harvard Medical School na Grécia com 23 mil adultos mostrou que os dorminhocos de meio da tarde tinham 30% a menos de chance de sofrer de doenças cardíacas.

A razão para esses benefícios é que o relógio biológico humano pede um descanso naturalmente, por duas vezes ao dia, um às 2 horas da manhã e a outro às 2 horas da tarde.

Porém, existem algumas regras para que o cochilo seja realmente proveitoso. A principal delas é que não passe de 45 minutos. Isso porque o sono é dividido em cinco estágios e a partir do terceiro, que ocorre em cerca de 45 minutos, a atividade dos neurônios é bastante reduzida e acordar nesse ponto pode causar mais cansaço, sonolência e, obviamente aumentar o stress. Outra dica importante é criar condições para o sono, cochilando deitado ao invés de sentado e procurar locais de reduzido barulho e claridade.

O ideal é que o hábito pegue aqui no Brasil, principalmente dentro das empresas. Em um ritmo desconcertante onde um profissional trabalha mais de 10 horas por dia, um cochilo no meio da tarde se torna não só uma necessidade física, como também uma estratégia para o sucesso profissional. (Por Danielle Cabral Távora)

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