Com a anuência dos palacianos, Ministério da Agricultura enfrenta aparelhamento político

Virou baderna – Não bastasse o inchaço da máquina federal, que na última década recebeu dezenas de milhares de companheiros e apaniguados por indicação do governo do PT, o Ministério da Agricultura tornou-se alvo de um processo de aparelhamento político absurdo, no qual profissionais com comprovada experiência técnica e respeitável trajetória na pasta estão sendo substituídos por pessoas ligadas a grupos econômicos específicos.

Tal manobra atinge principalmente o segundo escalão da pasta, compromete sua autoridade e retira a autonomia para selecionar os seus próprios técnicos. Isso tem provocado, ao longo dos últimos anos, um movimento contínuo e preocupante de desmantelamento do Ministério da Agricultura.

Fosse pouco o fato de a pasta perder autonomia, função estratégica, poder político e recursos, as recentes substituições têm acentuado ainda mais uma situação delicada e latente. Profissionais que estão sendo substituídos foram, por exemplo, responsáveis por conquistas de mercados internacionais para produtos agrícolas brasileiros.

A substituição desses profissionais compromete acordos já existentes, não sem antes ameaçar os futuros negócios do setor agrícola nacional no exterior. Isso se deve ao aparelhamento político, que coloca nos cargos de decisão profissionais (sic) sem experiência técnica, o que ceifa a legitimidade e a credibilidade de suas decisões junto a parceiros comerciais.

O Ministério da Agricultura não pode ficar à mercê de grupos de interesse, devendo servir ao agronegócio brasileiro como um todo e, por consequência, ao País. A postura do governo em relação a esse aparelhamento do Ministério da Agricultura mostra como os petistas palacianos são adeptos da incompetência.

É inconcebível que o setor da economia que é responsável por boa parte da balança comercial verde-loura torne-se refém de um ministério que é um escandaloso balcão de negócios, escorado pela incompetência dos novos integrantes.