Combates deixam 14 mortos nas imediações do local da queda do MH17

(DPA)
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Tensão em alta – Quatorze pessoas morreram na madrugada desta sexta-feira (1º) durante combates nas proximidades do local da queda do Boeing 777 da Malaysia Airlines, no leste da Ucrânia. Pelo menos dez entre os mortos pertenciam às tropas governistas, informou o Exército ucraniano, que ainda tenta identificar os outros quatro corpos.

“No total, sabemos que 14 pessoas morreram, mas os corpos de quatro delas ainda não foram identificados e podem ser tanto de soldados ucranianos quanto de terroristas”, disse o porta-voz do Exército ucraniano Oleksiy Dmytrashkivsky. Pouco antes, os militares haviam dito ter sofrido uma emboscada organizada pelos insurgentes separatistas.

Os 14 corpos foram encontrados na cidade de Shakhtarsk, a cerca de 25 quilômetros do local onde o voo MH17 caiu no dia 17 de julho, com 298 pessoas a bordo. O embate que resultou nas mortes aconteceu logo após o término de um cessar-fogo de um dia na região do acidente, estabelecido a pedidos da Organização das Nações Unidas (ONU) com o intuito de permitir o acesso de investigadores internacionais.

Nesta quinta-feira, o grupo de peritos conseguiu, pela primeira vez em uma semana, visitar o local da queda do avião. Logo após a chegada dos investigadores, uma repórter da agência de notícias AFP afirma ter escutado diversas explosões e visto uma nuvem de fumaça. Os investigadores da Austrália e da Holanda, países de origem de 221 das vítimas (193 holandeses e 28 australianos), deverão agora começar a isolar a área.

Nesta sexta-feira, o Exército ucraniano disse que estava retomando uma ofensiva contra os separatistas após o cessar-fogo de um dia, mas insistiu que as tropas não agiriam nas imediações do local onde o MH17 caiu. Os militares afirmam estar realizando operações para proteger a fronteira com a Rússia.

Mais corpos encontrados

O primeiro-ministro australiano, Tony Abbot, anunciou nesta sexta-feira que a equipe que esteve no local do acidente no dia anterior encontrou mais restos mortais das vítimas do voo MH17. Uma equipe maior planeja visitar o local nas próximas 24 horas, disse. Na véspera, a ministra do Exterior da Austrália, Julie Bishop, havia dito que os restos mortais de 80 pessoas ainda poderiam estar na área.

A queda do avião da Malaysia Airlines ocorreu quatro meses após a Rússia ter anexado a Crimeia, provocando o atual conflito armado entre Kiev e os rebeldes separatistas.
O Ocidente acusa Moscou de fornecer armamentos para os militantes, mas a Rússia nega envolvimento. Diante das suspeitas, a União Europeia decidiu aplicar uma série de sanções econômicas contra a Rússia, que devem entrar em vigor nesta sexta-feira. (Com agências internacionais)

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