Consultados pelo BC, economistas preveem alta da inflação e taxa de juro em 12,75 % em 2016

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Na Escandinávia, onde tenta produzir uma agenda positiva para jogar uma cortina de fumaça sobre a crise múltipla que chacoalha o País em todos os seus quadrantes, a presidente Dilma Vana Rousseff continua enfrentando as previsões negativas acerca da economia brasileira.

Consultados pelo Banco Central, economistas das cem maiores instituições financeiras em atividade no Brasil preveem que a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2015 será de 9,75%, enquanto que para o próximo ano a aposta é, por enquanto, de 6,12%, contra 6,05% da previsão anterior. Em relação a 2016, o IPCA registra a décima primeira piora seguida. Ou seja, em ambos os casos a inflação está muito distante do centro do plano de metas estabelecido pelo governo, que é de 4,5%.

A previsão é ainda mais assustadora quando se analisa a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, com retração de 3%, contra índice de 2,97% divulgado uma semana antes. Para 2016, a expectativa atual dos economistas é de encolhimento do PIB na casa de 1,22%, contra 1,20% da projeção anterior.

Enquanto a presidente Dilma insiste em afirmar que o momento é de “travessia”, sem ao menos revelar o macabro destino, a economia verde-loura só deve piorar nos próximos meses, como anunciou com antecedência o UCHO.INFO. De acordo com informações do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (19), os especialistas ouvidos pelo BC apostam em cotação do dólar em R$ 4,00 para o corrente ano, sendo que em 2016 a moeda ianque deve encerrar o ciclo valendo R$ 4,13, contra R$ 4,15 da aposta anterior.

A economia nacional está vivendo um dos seus pirões momentos, sem perspectiva de melhor no curto e médio prazos. Isso porque a incapacidade do governo no terreno da articulação política impede a aprovação do anunciado pacote de ajuste fiscal, que depende do retorno da CPMF para obter êxito. Como a matéria dificilmente será referendada pelo Congresso Nacional, o governo terá de encontra uma nova saída, enquanto a economia avança no caminho da deterioração.

Com a inflação alta e resistente, a perda do poder de compra dos salários e a alta do desemprego, fechar essa fórmula explosiva dependia apenas de taxas elevadas de juro, algo de que o Comitê de Política Monetária (Copom) tem se encarregado. Para os economistas, a taxa básica de juro, a Selic, deverá fechar 2015 em 14,25%, como previsto, mas no próximo ano o índice poderá chegar a 12,75%, contra 12,63% da previsão anterior.

Para piorar o que já é sabidamente ruim, a atividade produtiva vem caindo de forma seguida, o que mostra não apenas a dificuldade para reverter o quadro atual, mas que a crise durará muito mais tempo do que previsto. Por conta disso, os brasileiros devem começar a repensar suas finanças, pois os próximos dois anos, pelo menos, não serão para comprar sapatos novos, mas, sim, para levar os velhos ao sapateiro. Até porque, alguém precisa trabalhar e ganhar dinheiro nessa barafunda chamada Brasil.

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