Contabilidade da rica campanha ao Senado deve abrir o calvário da ministra-chefe da Casa Civil

Calculadora quebrada – Gleisi Helena Hoffmann não tinha terminado o seu discurso de posse como ministra-chefe da Casa Civil, em substituição a Antonio Palocci Filho, e o fogo amigo já era acionado na direção da nova colaboradora da presidente Dilma Rousseff.

Durante a cerimônia, um alto integrante do Judiciário revelou ao ucho.info que Gleisi não deve durar mais do que seis meses no cargo, pois muitos são os que duvidam da solidez das informações da contabilidade da campanha da petista ao Senado Federal. De acordo com os documentos entregues à Justiça Eleitoral, Gleisi Hoffmann gastou R$ 7,944 milhões na campanha que a conduziu à Câmara Alta. No começo da campanha, o comitê da petista informou previsão de gastos de R$ 15 milhões.

No mundo do marketing político é voz corrente que com o valor informado por Gleisi Hoffmann à Justiça Eleitoral é impossível financiar uma campanha que esbanjou material propagandístico e foi considerada milionária.

Informar aos órgãos de controle valores menores do que os realmente gastos na campanha não é inovação, pois para chegar ao Palácio do Planalto a presidente Dilma Rousseff torrou na corrida presidencial algo em torno de US$ 300 milhões, considerados os gastos com os acordos político-eleitorais nos estados.

Para que o leitor entenda o que pode surgir mais adiante no caminho da ministra Gleisi Hoffmann, um candidato a deputado federal no Nordeste não se elege com menos de R$ 6 milhões. Ou seja, uma eleição majoritária de senador em um estado importante e seletivo como o Paraná custou no mínimo três vezes mais do que o declarado. É esperar para ver.