CPI do BNDES quebra sigilos de empresas ligadas ao governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel

fernando_pimentel_10Olho do furacão – A CPI do BNDES aprovou, nesta quinta-feira (8), por unanimidade, a quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico da OPR Consultoria Imobiliária e da Pepper Comunicação. O ex- ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior, Miguel Jorge, também foi convocado para prestar esclarecimentos aos deputados federais que integram a comissão de inquérito.

A OPR e a Pepper são alvo da Operação Acrônimo, da Polícia Federal, que investiga o suposto envolvimento do atual governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, e sua mulher, Carolina Oliveira, em esquema de corrupção. Ambos teriam recebido vantagens indevidas de empresas que mantinham relações comerciais com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, subordinado à pasta do Desenvolvimento, que esteve sob o comando de Pimentel entre 2011 e 2014.

A PF acredita que a OPR pertenceria a Fernando Pìmentel. Os deputados querem detalhes sobre a receita e a relação dos clientes da empresa. Um destes assessorados é o Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (Sindiextra), conforme revelou recentemente a imprensa. A OPR recebeu R$ 500 mil do sindicato. Os pagamentos ocorreram em 2013, quando Pimentel era ministro do Desenvolvimento. A Polícia Federal suspeita que o atual governador mineiro era o destinatário final dos recursos.

Arnaldo Jordy (PPS-PA), autor do requerimento de quebra dos sigilos telefônico, fiscal e bancário da Pepper Comunicação, aprovado pela CPI, destacou a importância de acessar tais dados. A empresa pertence a Danielle Fonteles e é alvo das operações Lava-Jato e da Acrônimo, ambas da PF. De acordo com a Polícia Federal, há evidências de que a Pepper foi usada para intermediar dinheiro do BNDES que acabou nas mãos do petista Fernando Pimentel

“A Pepper Comunicação, responsável pelas contas do PT nas mídias sociais, foi alvo de busca e apreensão realizada pela Política Federal no dia 25 de junho de 2015, na segunda fase da operação Acrônimo. A suspeita é de que a esposa de Fernando Pimentel, Carolina Oliveira, possa ser sócia oculta da Pepper, que foi beneficiada com recursos do BNDES, então a necessidade de a CPI ter acesso a este material”, justificou Jordy.

É importante salientar que política no Brasil é negócio e como tal exige muito dinheiro. Via de regra, quem chega a um cargo eletivo usa a máquina oficial para obter vantagens pessoais, algo que se tornou corriqueiro em um país onde a corrupção é a propulsora do cotidiano.

Caso as investigações da PF confirmem o envolvimento de Pimentel no esquema criminoso, enquanto ministro, o Brasil estará diante de mais um escândalo de corrupção com a marca estelar do Partido dos Trabalhadores.

A presidente da República, Dilma Vana Rousseff, “companheira de armas” de Pimentel, deve ser responsabilizada de forma solidária, pois coube a ela instalar o atual governador mineiro no cargo de ministro. Se ao final as suspeitas migrarem para a seara das denúncias, o governo petista de Dilma ganhará mais um carimbo do banditismo político que grassa no País.

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