CPMI da Petrobras: deputado quer acareação para esclarecer chantagem sobre Celso Daniel

celso_daniel_08Olho no olho – A denúncia de que o PT operou esquema de corrupção na Petrobras para manter sob silêncio alguns chantagistas é alvo de requerimento do deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP) à CPI Mista que investiga a Petrobras. O parlamentar entrou com solicitação ao plenário da Comissão para que haja uma acareação entre os diversos personagens envolvidos em reportagem publicada pela revista “Veja” em sua mais recente edição.

Sampaio requisita aprovação para que sejam convocados o ex-publicitário Marcos Valério, preso no caso do Mensalão do PT, o empresário Ronan Maria Pinto, o operador do Partido Progressista, Enivaldo Quadrado, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. Eles seriam reunidos para confirmar um depoimento prestado por Marcos Valério Fernandes de Souza, em 2012, de acordo com a publicação.

Na ocasião, prestando esclarecimentos no caso do Mensalão, Marcos Valério afirmou que o PT levantou R$ 6 milhões, por meio da Petrobras, para silenciar Ronan Pinto, que teria informações sobre o assassinato do então prefeito de Santo André, Celso Daniel, com poder suficiente para comprometer alguns dos integrantes da cúpula petista, como Luiz Inácio da Silva, José Dirceu e Gilberto Carvalho.

A denúncia de Valério carecia na época de um documento comprobatório. Esse documento, atualmente, está nas mãos de Enivaldo Quadrado, que havia participado da engenharia para reunir a propina no passado. Com tal informação, procurou e fez nova chantagem ao PT para que financiasse seu silêncio. O partido, então, reuniu dinheiro e fez o pagamento em dólar.

O deputado também cita em seu requerimento matéria da revista “Época” que revela que o escândalo da Petrobras era, também, uma maneira de manter o falecido deputado federal José Janene (PP) calado. Envolvido nas denúncias do Mensalão do PT, Janene deixaria claro ao governo que sabia o suficiente para derrubar até mesmo o presidente Lula e, por isso, a corrupção deveria continuar operante.

A ousadia de José Janene era tamanha, que certa feita, diante de vários parlamentares, referiu-se a Lula colocando em xeque a idoneidade da mãe do então presidente da República. Tudo sem qualquer dose de constrangimento, dando a entender que o petista acatava suas determinações, no melhor estilo crime organizado.

Confira abaixo os principais trechos das gravações telefônicas do caso Celso Daniel, divulgadas à época com exclusividade pelo ucho.info. Em uma delas, o atual ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, e Ivone Santana tratam a morte de Celso Daniel com frieza.

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