Cristina Kirchner diz que não irá à final da Copa, mas Angela Merkel confirma presença no Maracanã

cristina_kirchner_28Duas posturas – A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, confirmou em carta enviada à presidente Dilma Rousseff na quinta-feira (10) que não estará no Maracanã para assistir à final da Copa do Mundo, no próximo domingo (13), entre Argentina e Alemanha.

“Agradeço de forma especial o convite para lhe acompanhar, junto a outros governantes”, diz o início da carta em que Kirchner explica as razões por que não estará ao lado de Dilma e da chanceler alemã, Angela Merkel. A chefe de governo alemão anunciou que viajará ao Brasil junto com o presidente do país, Joachim Gauck.

A carta divulgada pelo governo argentino menciona como um dos motivos para a ausência uma faringolaringite severa, que acomete Kirchner há mais de uma semana.

A presidente também diz que, no dia seguinte à final, terá que viajar ao sul da Argentina para o primeiro aniversário de seu neto Nestor Ivan. “Como avó que também és, deves imaginar a vontade que tenho de compartilhar este momento com minha família.”

Kirchner também menciona sua presença na cúpula dos Brics e da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) na próxima quarta-feira (16), em Brasília, como uma razão para não estar presente no Rio de Janeiro no domingo.

A desculpa apresentada por Cristina Kirchner não convenceu, pois a distância que separa o Brasil e a Argentina é pequena e pode ser vencida em curo espaço de tempo, especialmente quando o voo se dá em avião oficial, que não passa pela burocracia aeroportuária. Na verdade, o que a presidente argentina deseja é escapar da pecha de ser pé frio, caso a seleção de Lionel Messi e Angel di María percam o duelo para os alemães.

Fora isso, Kirchner precisa mostrar ao mundo uma postura mais endurecida, pois o país está a um passo de declarar uma moratória, se as autoridades do país sul-americano não chegarem a um acordo com os credores dos chamados fundos abutres, que compraram títulos da dívida argentina e querem receber o valor acertado. Se a decisão da Justiça dos Estados Unidos prevalecer, os investidores poderão levar a Argentina à bancarrota.

Ademais, a inquilina da Casa Rosada está evitando o excesso de exposição, principalmente porque uma viagem ao Brasil para acompanhar a final da Copa passaria a imagem de que o governo argentino não se preocupa com gastos supérfluos, podendo, de tal modo, honrar os compromissos assumidos. (Com agências internacionais)

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