Custo Brasil: Gleisi denuncia constrangimento da prisão do marido, mas ignora aposentados roubados

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O cinismo é a marca registrada do PT. A senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR), representante da bazófia esquerdista tupiniquim, encenou um dramalhão mexicano ao falar da prisão do marido, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva, pela Polícia Federal. Em discurso no Senado, na segunda-feira (27), a petista denunciou o que chamou de violência desnecessária, urdida com o objetivo de “constranger” mais esse baluarte da moralidade, com seu escasso patrimônio, todo amealhado com o suor do rosto, e intimidar ela própria, a heroica defensora da ‘presidenta’.

Como de costume, Gleisi esqueceu alguns detalhes cruciais. Por exemplo, Paulo Bernardo, descrito pela senadora como mais um desses “heróis do povo brasileiro” que o PT vem produzindo em série, foi preso por suspeita de comandar um esquema criminoso, montado a partir do Ministério do Planejamento, com o objetivo de roubar o dinheiro de aposentados endividados.

Pessoas que precisam viver de uma aposentadoria miserável, contraem dívidas outras na esteira do empréstimo consignado, às vezes para comprar medicamentos ou pagar tratamentos de saúde, e ainda são roubados pela gang identificada pela Operação Custo Brasil da Polícia Federal, desdobramento da Operação Pixuleco II (18ª fase da Operação Lava-Jato).


Sobre os aposentados roubados, Gleisi não teve palavra alguma a dizer. Soube apenas queixar-se do constrangimento que ela e a família teriam sido vítimas com a prisão de Paulo Bernardo. O esquema criminoso teria rendido, em cinco anos, R$ 100 milhões, sendo que, de acordo com as investigações, desse total R$ 7 milhões teriam ido para Paulo Bernardo.

O dinheiro, roubado dos aposentados, teria servido para pagar inclusive contas pessoais de Gleisi, como o salário do seu motorista particular, por meio de uma triangulação com o escritório do advogado curitibano Guilherme de Salles Gonçalves, também preso na Custo Brasil.

Uma situação parecida, e igualmente grave, aconteceu em 2013, quando o homem que Gleisi levou a Brasília para cuidar das políticas do governo federal para crianças e adolescentes, Eduardo Gaievski, foi preso pelo estupro de dezenas de menores e vulneráveis.

Apesar de Gaievski já ter um volumoso prontuário de crimes sexuais quando Gleisi nomeou-o assessor especial da Casa Civil, a então ministra também tentou, como faz agora, posar de vítima. Teria sido enganada em sua ingenuidade. Logo ela, que é uma ferrenha defensora dos direitos femininos. Acredite se quiser.

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