Dados do IBGE colocam metade das famílias das favelas na classe média e escancaram a farsa de Lula

Mentira oficial – Nos últimos anos, Luiz Inácio da Silva circulou pelo planeta colhendo títulos de doutor honoris causa e outras honrarias, concedidos com base no aludido resgate social que o petista promoveu no Brasil durante os oito anos em que esteve no poder central. Nas vezes em que afirmamos que tudo não passava de um tremendo factóide criado por Lula e seus estafetas de plantão, seus aduladores sempre nos dedicaram críticas das mais diversas, apenas e tão somente porque a farsa não poderia ser desmontada, sob pena de o projeto totalitarista de poder do PT ir pelo ralo.

Nos últimos meses do seu segundo mandato, Lula comemorou com a conhecida pirotecnia palaciana o ingresso de 40 milhões de novos consumidores na chamada classe média, o que se deu por causa do crédito fácil e irresponsável, não pela geração individual de riqueza. E o assunto recheou, com o devido destaque, a campanha da então candidata petista Dilma Rousseff.

As manobras de bastidores para ludibriar a opinião pública e repentinamente inchar a chamada classe média foram no mínimo vexatórias, para não afirmar que foram criminosas, uma vez que induziram o cidadão a erro. De acordo com dados do IBGE, pelo menos metade das famílias que moram em favelas integram a nova classe média. Outros 5% dessas famílias que vivem em favelas são consideradas de classe alta.

A farsa começa na Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência (SAE), que considera como sendo de classe média as famílias cuja renda per capta situa-se entre R$ 291 e R$ 1.019 por mês. Considerando que, segundo o mesmo IBGE, dois terços da população recebem menos de dois salários mínimos mensais, o Brasil já pode ser chamado, pelos desavisados, de paraíso da classe média.

No contraponto, desmontando o castelo de mentiras erguido por Lula e que serviu para sustentar seus índices de aprovação, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) informou que, para o recente mês de agosto, o salário mínimo ideal deveria ser de R$ 2.589,78, ou seja, mais de quatro vezes o valor atual (R$ 622).

A situação piora quando considerado o fato de que a classe média é formada por pessoas que recebem mensalmente entre 11% e 39% do salário mínimo ideal, tendo como referência o estudo do Dieese. Em outras palavras, o Partido dos Trabalhadores, que no passado pautava seu discurso pelos números do Dieese e agora acredita estar fazendo um enorme favor à sociedade, simplesmente a coerência ao endossar a decisão do governo federal de ignorar as diuturnas dificuldades enfrentadas pelos brasileiros, arremessados estatisticamente nessa nova classe média, que não passa de uma reunião de endividados que acreditaram nos irresponsáveis apelos de Lula.

Essa brincadeira de país emergente e em franco desenvolvimento tem tudo para dar errado e não demora muito. Quando isso acontecer, Lula será lembrado como um farsante que usou o desejo reprimido de consumo da extensa maioria para posar de reedição de Aladim, o folclórico gênio da lâmpada maravilhosa. Momento este em que Lula não terá coragem para pisar em um palanque qualquer e dizer de forma bravateira “nunca antes na história deste país”.