Denúncia contra Gabriel Chalita está mais para guerra de travesseiros do que escândalo de corrupção

Briga de alcova – A acusação de que o deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP) teria recebido aproximadamente R$ 50 milhões em propina enquanto esteve à frente da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, a convite de Geraldo Alckmin, merece análise cuidadosa.

A acusação acontece cinco anos depois de Chalita ter deixado a pasta, em 1º de janeiro de 2007, o que causa certa estranheza. O acusador, Roberto Grobman, alega ter visto o ex-secretário receber diversas caixas de papelão com dinheiro, revelando inclusive as medidas das mesmas. O que também é estranho.

Grobman, que diz ter sido assessor de Gabriel Chalita sem nomeação oficial, afirmou que frequentemente estava na casa do peemedebista, o acompanhava em diversas viagens e até iam à academia de esportes juntos.

Roberto Grobman, que chegou à Secretaria de Educação por colaborar com o grupo educacional COC, afirmou inclusive que na ausência de Chalita esteve no apartamento do então secretário durante a reforma realizada no imóvel, localizado no bairro de Higienópolis, na Zona Oeste da capital paulista.

Esse é o tipo da história mal contada que ganhou o noticiário apenas porque escândalo de corrupção sempre é a bola da vez, sendo verdadeiro ou não. Fato é que a denúncia perdeu a credibilidade por causa do tempo que demorou a ser formalizada. Se não for missa encomendada por adversários, com certeza é guerra de travesseiros de plumas ou mágoa por divisão mal feita. Sempre lembrando que política é negócio.