Denúncias de espionagem podem levar deputados a Moscou para uma conversa com Edward Snowden

Farra financiada – As denúncias sobre eventual espionagem dos Estados Unidos no Palácio do Planalto e na Petrobras começam a abrir caminho para o chamado trem da alegria. Isso porque nesta quarta-feira (11) a Comissão de Relações Exteriores da Câmara aprovou a criação de um grupo de parlamentares para visitar o ex-analista da National Security Agency (NSA), Edward Snowden, que está em Moscou sob a guarida de Vladimir Putin, um ex-espião da KGB que está usando o caso para emparedar politicamente o norte-americano Barack Obama.

Snowden é acusado de espionagem por vazar informações sigilosas de segurança dos Estados Unidos e revelar de forma detalhada alguns dos programas de vigilância que o país usa para espionar a população norte-americana – a partir de servidores de empresas como Google, Apple e Facebook – e vários países da Europa e da América Latina, entre eles o Brasil.

De autoria do deputado federal Ivan Valente (Psol-SP), o requerimento foi aprovado por unanimidade na comissão, mas a viagem do grupo de parlamentares a Moscou depende de autorização do governo russo e do Itamaraty. Vale salientar que se o serviço brasileiro de inteligência, se é que assim pode ser rotulado, não conseguiu desvenda o caso, na hipótese de a espionagem ter ocorrido, não será um grupo de deputados que decifrará o enigma. O que se desenha é mais uma daquelas nababescas vagens internacionais custeadas com o dinheiro do contribuinte, que produzirá resultados absolutamente questionáveis.

De acordo com as denúncias, que tiveram como base documentos vazados por Snowden e cuja autenticidade não foi conferida até então, conversas da presidente Dilma Rousseff com seus principais assessores foram alvo de monitoramento, assim como a Petrobras.

Esse caso, como já noticiamos, está sendo explorado à exaustão pelo Palácio do Planalto, que tem interesses escusos por trás de um episódio que vem sendo tratado no âmbito da eventualidade, uma vez que não há confirmação de que as informações vazadas por Edward Snowden são fidedignas, assim como os documentos entregues à imprensa. É temerário, vale salientar, calcar uma denúncia em um organograma que supostamente reproduz o esquema de espionagem utilizado pela NSA no caso da presidente Dilma. Esse tipo de material é facilmente produzido em qualquer computador, sendo necessário que o autor tenha apenas um pouco de criatividade, não importando o fato de desconhecer a fundo os meandros tecnológicos da informática.