Depois de desmontar a economia nacional em uma década, governo do PT insiste em exportar consumo

dolar_28Deixando lá fora – O Brasil vive uma crise econômica persistente e que causa preocupação à extensa maioria da população. Além dos indicadores costumeiros, que apontam para um cenário de dificuldade, o desgoverno de Dilma Vana Rousseff insiste em apostar no consumo interno como forma de combater a crise. Cauteloso no momento das compras, o brasileiro tem preferido consumir no exterior, o que complica as contas do País.

É o que mostra o Banco Central, que em julho passado registrou gastos de US$ 2,415 bilhões dos brasileiros no exterior, o maior volume da série histórica iniciada em 1995. Nos sete meses do ano, os gastos no exterior alcançaram US$ 14,9 bilhões, contra US$ 14,403 bilhões em igual período de 2013. Em julho do ano passado, as despesas totalizaram US$ 2,194 bilhões.

Houve aumento das viagens ao exterior mesmo com a realização da Copa do Mundo, no Brasil, entre os dias 12 de junho e 13 de julho. No contraponto, os gastos de estrangeiros no Brasil chegaram a US$ 789 milhões em julho, contra US$ 540 milhões registrados no mesmo mês de 2013. De janeiro a julho, as receitas chegaram a US$ 4,436 bilhões, contra US$ 4,020 bilhões nos sete meses iniciais do ano passado.

Com esses resultados de despesas e receitas, a conta das viagens internacionais ficou negativa em US$ 1,625 bilhão, em julho, diante de US$ 1,654 bilhão registrado no mesmo mês de 2013. Esses dados de viagens estão incluídos na conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros), que apresentou déficit de US$ 4,546 bilhões, em julho, e de US$ 27,135 bilhões em sete meses.

A conta de serviços faz parte do que o BC classifica como transações correntes – compras e vendas de mercadorias e serviços do Brasil com o resto do mundo. Em julho, o déficit em transações correntes ficou em US$ 6,018 bilhões, ante US$ 8,969 bilhões em igual mês do ano passado. De janeiro a julho, o saldo negativo ficou em US$ 49,330 bilhões, contra US$ 52,150 bilhões nos sete primeiros meses de 2013.

O superávit comercial (exportações maiores que as importações) de US$ 1,574 bilhão, no mês passado, contribuiu para que o déficit em transações correntes não fosse maior. De janeiro a julho houve déficit comercial de US$ 918 milhões.

Dilma Vana Rousseff, a presidente-candidata, tenta convencer o eleitorado que seu governo é espetacular, mas é impossível acreditar em conversa tão desconexa. Os números da economia não apenas mostram que a crise parece não se importar com as medidas esdrúxulas do governo, mas destacam que o futuro brasileiro tem todos os ingredientes para ser pouco sombrio.

Não bastasse o desmonte da economia nacional em pouco mais de uma década, o governo do PT conseguiu a proeza de inovar em termos de Brasil, passando a exportar consumo. A postura do consumidor diante dos preços praticados no País é tão cartesiana, que até mesmo material de construção entrou no rol dos produtos mais procurados pelos brasileiros no exterior, que chegam ao País em navios cargueiros.

A sanha de ter um tênis ou um telefone celular importados tornou-se algo tão banal, que a ordem do momento é construir a própria casa com produtos estrangeiros. Como disse certa vez um conhecido e gazeteiro comunista de boteco, “nunca antes na história deste país”.

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