Deputado que agrediu manifestante para bajular Gleisi será candidato do PT à prefeitura de Curitiba

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No próximo sábado (7), o PT de Curitiba realizará reunião para discutir as eleições de 2016 na capital paranaense. Durante o ato político será apresentada oficialmente a pré-candidatura do deputado estadual Tadeu Veneri à administração municipal. O partido também definirá durante o encontro os pré-candidatos à Câmara Municipal.

A escolha do candidato a prefeito seria uma questão interna do Partido dos Trabalhadores não fossem algumas questões de interesse público. Ou, mais especificamente, do Ministério Público. Tadeu Veneri, que é investigado pelo Ministério Público do Paraná por desvio de verbas da Assembleia legislativa para campanha eleitoral, também é conhecido como “Tadeuzinho Odebrecht”, devido às doações recebidas de uma das empreiteiras mais envolvidas no escândalo do Petrolão.

O deputado estadual Tadeu Veneri (PT-PR) é o mesmo que agrediu, em 8 de abril, uma manifestante do MBL por ter criticado a senadora petista Gleisi Helena Hoffmann. Veneri foi alvo de representação na Corregedoria da Assembleia por agressão e pedido de cassação de mandato, além de ter sido denunciado na Delegacia da Mulher com base na Lei Maria da Penha.

A agressão aconteceu durante audiência pública no “Plenarinho” da Assembleia paranaense. Uma manifestante do MBL posicionou-se em frente à mesa onde estavam os parlamentares e abriu uma faixa com os dizeres: “Gleisi, tuas plásticas melhoram a tua cara, mas não melhoram o teu caráter”.

O gesto provocou um ataque de fúria em Tadeu Veneri que, descontrolado, deixou a mesa de autoridades e expulsou a mulher da sala com direito a socos e empurrões.

A atitude indignou os movimentos sociais que esperaram em vão que o deputado, pelo menos, fizesse uma manifestação pública de arrependimento e convocasse a manifestante para um pedido de desculpas. Contudo, a expectativa foi frustrada.


Desde então, Veneri tem feito discursos cada vez mais agressivos contra os movimentos favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, que começa a organizar sua mudança.

Há dias, sem avaliar a gravidade dos atos que cometeu, Tadeu Veneri afirmou que “o fascismo toma conta do Facebook”. “Eu vejo muita gente entrando no Facebook com uma ira, uma agressividade, com uma falta de razoabilidade, inclusive com argumentos que remetem ao fascismo.”

Mais recentemente, um militante do PT, Edson Rimonatto, que já foi assessor de Veneri na liderança do PT na Assembleia, e que atualmente assessora um deputado federal do Paraná em Brasília, atacou com uma chave de rodas um casal de voluntários que faz vigília em apoio ao juiz Sérgio Moro em frente à Justiça Federal de Curitiba.

O casal sofreu ferimentos sérios e o episódio só não teve consequências mais graves por causa da intervenção de funcionários de um posto de gasolina que contiveram o agressor. Apesar de todos esses episódios, Veneri e os deputados do PT na Assembleia do Paraná ocupam diariamente a Tribuna para denunciar a violência da “direita”.

O deputado Stephanes Júnior (PSB) disse que representará contra o deputado do PT na Corregedoria do Legislativo por agressão a uma mulher que se manifestava contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT) na Assembleia.

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