Desemprego chega à casa dos dois dígitos e compromete o combalido desgoverno do PT

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Enquanto insiste na tese descabida de que “impeachment sem crime é golpe”, Dilma Rousseff, ainda presidente, afirma que é possível recolocar o Brasil na rota do crescimento, desde que ocorra um pacto nacional envolvendo o governo, partidos políticos (inclusive os de oposição) e a sociedade. O detalhe é que Dilma decidiu fazer tal proposta depois do jogo acabado. Sendo assim, o resultado do campeonato será o que já é conhecido.

Por mais que essa sugestão desesperada de Dilma fosse viável, os números da economia nacional apontam n a direção contrária. O rombo nas contas públicas em 2016 já se aproxima de R$ 100 bilhões, sendo que o do próximo ano já é calculado em R% 65 bilhões. Ou seja, o que a presidente propõe é caminhar descalço sobre o fio da navalha.

Fosse pouco, o desemprego cresceu no País no trimestre encerrado em fevereiro. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice de desemprego chegou à casa dos dois dígitos pela primeira vez desde o início da série histórica, estreada no primeiro trimestre de 2012.

Conforme divulgou o INBGE nesta quarta-feira (20), a taxa de desemprego no trimestre encerrado em fevereiro chegou a 10,2%, além do trimestre anterior (9%) e de igual período do ano passado (7,4%).

Ao final do recente levantamento do IBGE, o Brasil tinha 10,37 milhões de desempregados – pessoas procurando trabalho sem encontrar. No caso de considerar os que estão sem trabalho e que não buscam recolocação, o número de desempregados aumenta. Esse contingente torna-se ainda mais assustados quando analisado o grupo dos que nem estudam e nem trabalham, conhecido também como “nem, nem”.


Coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo explica que o início do ano é um período de maior incidência de dispensas, situação explicada pelo fim das contratações temporárias para o natal e réveillon. O que aumenta o desemprego.

“O aumento era esperado. A questão é a intensidade que isso aconteceu”, disse Azeredo. “A força é bastante expressiva. Além dos temporários, o mercado foi adiante e dispensou também pessoas que estavam efetivas no trabalho”.

Segundo o IBGE, a renda média do trabalhador no período (dezembro a fevereiro) foi de R$ 1.934, valor 3,9% menor em relação com o mesmo período de 2015. O quadro se agrava sobremaneira porque o valor nominal dos salários continua caindo, sem contar a inflação que derrete o ganho do trabalhador.

Enquanto estava na oposição, o PT, que garante ser o Partido dos Trabalhadores, sempre se valeu dos números do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) para engrossar a gritaria contra os baixos salários. De acordo com o DIEESE, o salário mínimo ideal para o mês de fevereiro deveria ser de R$ 3.725,01. Ou seja, 92,6% maior do que a média salarial registrada em fevereiro deste ano.

Mesmo assim, os esquerdistas fanfarrões que apoiam o desgoverno de Dilma Rousseff não cansam de afirmar que o impeachment da petista é uma séria ameaça às conquistas dos trabalhadores nos últimos anos. Se ganhar metade do mínimo ideal é uma vitória, os petistas precisam explicar o que é o caos.

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