Dilma anuncia treze novos ministros e confirma loteamento do governo, convite para a corrupção

dilma_rousseff_485Caso de polícia – Vivendo grave crise econômica por conta de um governo incompetente, paralisado e corrupto, o Brasil esperava que Dilma Rousseff nomeasse ministros com reconhecida competência, como é o caso de Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento), mas a presidente reeleita mais uma vez se rendeu ao loteamento da Esplanada dos Ministérios, que será dividida entre os partidos da interesseira base aliada.

Nesta terça-feira (23), Dilma confirmou os nomes de treze novos ministros, que tomarão posse no próximo dia 1º de janeiro. Com a decisão de contemplar os partidos da base, a presidente mostra aos brasileiros que incompetência e roubalheira dominaram a cena política nos próximos quatro anos. O PMDB, que no atual governo está à frente de cinco ministérios, no próximo passará a comandar seis pastas. Dilma resolveu atender a um pedido do seu vice, Michel Temer, presidente nacional do PMDB, que cobrou a fatura não apenas por causa da parceria eleitoral, mas pelo apoio do partido na aprovação do PLN 36/2014, que anulou a meta de superávit primário e evitou que a presidente da República incorresse em crime de responsabilidade.

Os novos ministros anunciados pela presidente são: Aldo Rebelo (Ciência Tecnologia e Inovação), Cid Gomes (Educação), Edinho Araújo (Portos), Eduardo Braga (Minas e Energia), Eliseu Padilha (Aviação Civil), George Hilton (Esporte), Gilberto Kassab (Cidades), Helder Barbalho (Pesca), Jaques Wagner (Defesa), Kátia Abreu (Agricultura), Nilma Lino Gomes (Igualdade Racial), Valdir Simão (Controladoria-Geral da União) e Vinicius Lajes (Turismo).

Os cidadãos de bem podem esperar, porque com alguns dos indicados nesta terça-feira, antevéspera de Natal, o País terá desagradáveis surpresas, uma vez que os respectivos currículos desses interesseiros são um claro sinal do que poderá acontecer mais adiante. Até porque, nenhum desses futuros ministros aceitou o respectivo por vaidade ou o minguado salário pago pelo governo.

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No Ministério de Minas e Energia, sai Edison Lobão e entra Eduardo Braga. Ambos não entendem coisa alguma do tema, mas são dois alarifes conhecidos na política nacional. No Ministério da Defesa, que continua com o PT, sai um incompetente, Celso Amorim, e entra outro, Jaques Wagner. O convite ao governador baiano tem uma explicação: Dilma precisa de alguém da sua confiança para cuidar dos detalhes futuros da compra dos 36 caças suecos Gripen NG que reforçarão a frota da sucateada Força Aérea Brasileira.

O comunista Aldo Rebelo deixa o poderoso Ministério do Esporte para assumir o acanhado Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. Especialista em fretar jatinhos com o dinheiro público para viajar com a família para a Europa, o governador Cid Gomes (Ceará), substituirá Henrique Paim. Para um ministério que já esteve sob o comando do incompetente Fernando Haddad, a presidente decidiu ressuscitar a mediocridade.

Alvo de inquérito que apura crimes previstos na Lei de Licitações (Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993), Edson Coelho Araújo, o Edinho Araújo (PMDB), assumirá o comando da Secretaria de Portos, em substituição a César Borges, do governista Partido da República, que enquanto esteve no PFL (depois Democratas) foi um duro e ácido crítico do governo do PT.

Ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, comandará o Ministério das Cidades, pasta que tem um dos maiores orçamentos. Kassab entrará no lugar de Gilberto Occhi, do Partido Progressista, legenda que lutou de todas as maneiras para permanecer na pasta. O PP entrou em desgraça depois que integrantes do partido foram acusados de participação no esquema de corrupção que funcionava na Petrobras e foi desbaratado em março passado pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Toda a cúpula do PP foi acusada, pelos delatores da Lava-Jato, de envolvimento no Petrolão.

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