Dilma fixa novo salário mínimo em R$ 880; aumento real é de R$ 7,53 e equivale a 15 bananas

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Presidente da República e filiada ao Partido dos Trabalhadores, depois de uma temporada no Partido Democrático Trabalhista (PDT), Dilma Vana Rousseff mostra mais uma vez que é pífia no cumprimento de promessas. Uma das promessas feitas pela petista durante a corrida presidencial de 2014 foi a valorização do salário do trabalhador, mas nem de longe isso vem acontecendo.

Na manhã desta terça-feira (29), a presidente da República, por meio de nota distribuída à imprensa, informou o novo valor do salário mínimo, que passará a valar a partir de 1º de janeiro: R$ 880,00. Considerando a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que encerará o ano em 10,72%, segundo os economistas consultados pelo Banco Central, o aumento do salário mínimo será de míseros R$ 7,53.

No país em que uma banana do tipo nanica custa R$ 0,50, a presidente deu ao trabalhador o direito de consumir uma banana a mais a cada dois dias. Enquanto isso, a “companheirada” continua se esforçando para escapar dos efeitos colaterais da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, que, a partir de denúncia feita pelo editor do UCHO.INFO e pelo empresário Hermes Magnus, desmontou o maior esquema de corrupção da história, com direito a desvios de dezenas de bilhões de reais.

Que Dilma Rousseff é incompetente e desprovida de capacidade para cumprir promessas todos sabem, mas trata-se de um deboche dar aumento real de R$ 7,53 ao trabalhador, o que representa 0,955% do salário mínimo atual, que até 31 de dezembro vale R$ 788. Considerando que na capital paulista, a maior cidade brasileira, o aluguel de um barraco na favela não sai por menos de R$ 450, o trabalhador terá de se virar durante o mês com R$ 430, sempre lembrando que um pastel, a mais popular iguaria nacional, custa atualmente R$ 5.

Fonte de inspiração para os protestos petistas durante os tempos de oposição, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) fixou o salário mínimo ideal para o mesmo de novembro em R$ 3.399,22, valor que representa 3,86 vezes o novo piso salarial.


A situação piora sobremaneira quando considerado o fato de que dois terços da população brasileira, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), recebem menos de dois salários mínimos por mês, falar em recuperação da economia é um atentado contra a lógica e o bom senso, pois não se pode empurrar na vala do consumo uma população que bambeia entre a pobreza e a miséria.

A prevalecer o discurso da cúpula petista de que é preciso retomar o crescimento econômico no curto prazo e novamente estimular o consumo interno a qualquer preço, a crise não apenas aumentará e será mais longa, mas transformará o Brasil em um misto de Cuba com Venezuela.

Sendo assim, debelar o caos que se instalou na economia verde-loura e retomar o status anterior à chegada do PT ao poder central exigirá dos brasileiros de bem esforço contínuo e intenso ao longo de muitas décadas, na pior das hipóteses cinco. Como disse certa feita um conhecido e ébrio comunista de boteco, “nunca antes na história deste país”.

Confira abaixo a íntegra da nota da Presidência da República

“NOTA À IMPRENSA

Decreto assinado nesta terça-feira (29/12) pela presidenta da República, Dilma Rousseff, fixa o salário mínimo que entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2016: R$ 880,00 (oitocentos e oitenta reais). O decreto será publicado no Diário Oficial da União de quarta-feira (30/12).

Com o decreto assinado hoje pela presidenta Dilma Rousseff, o governo federal dá continuidade à sua política de valorização do salário mínimo, com impacto direto sobre cerca de 40 milhões de trabalhadores e aposentados, que atualmente recebem o piso nacional.

O ministro Miguel Rossetto falará à imprensa às 15h na sede do Ministério do Trabalho & Previdência Social.

Secretaria de Imprensa
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República”

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