Caso de tratamento – A desfaçatez de Dilma Rousseff é tão descomunal, que mentir tornou-se algo corriqueiro na seara da Presidência da República e do Partido dos Trabalhadores. Parafraseando o malandro Luiz Inácio da Silva, “nunca antes na história deste país” mentiu-se tanto a partir do Palácio do Planalto. E os palacianos se dedicam com tanta devoção ao exercício da mitomania, que acompanhar os fatos políticos do País tornou-se uma tarefa nauseante. Apesar disso, manter-se vigilante é a única forma de impedir o avanço de um partido que ao longo da última década desfilou o seu viés bandoleiro.
Tão responsável quanto Lula pela derrocada da economia brasileira, Dilma não se importou com a realidade e defendeu a política econômica adotada pelo governo, sendo que os números provam que tudo não passou de um desastre decorrente da conhecida incompetência dos atuais donos do poder. Como se uma mentira fosse pouco, Dilma disse, nesta quinta-feira (3), que a inflação está sob controle.
“A inflação vem sendo mantida nos últimos 11 [anos], agora 12 anos, dentro dos limites fixados pelo Conselho Monetário Nacional e assim ocorrerá também em 2014. A dívida líquida do setor público em relação ao PIB [Produto Interno Bruto, a soma dos bens e serviços do país], que mede a capacidade do país de pagar suas dividas internas e de ser viável, tem decrescido sistematicamente. Em 2002, chegava a 62%, hoje chegamos a 33,7%. Nossa política fiscal está mantida, olhando justamente essa tendência de queda de divida sobre o PIB”, disse o nosso “Aladim de saias” ao discursar no 1º Fórum Nacional das Confederações das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (Cacb).
Dilma pode dizer o que bem quiser, pois o Brasil ainda é uma democracia, mesmo que na teoria, mas é inaceitável que alguém que ocupa o mais alto cargo político do País ignore a realidade. Menos de doze horas antes desse discurso estapafúrdio e mentiroso, o Comitê de Polícia Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar para 11% ao ano a taxa básica de juro, a Selic. A decisão foi tomada para, mais uma vez, tentar conter a escalada da inflação oficial, que entre tantos estragos aumenta a dívida pública.
O próprio Banco Central admite que durante a campanha eleitoral o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deverá ultrapassar o teto de 6,5% do programa de metas de inflação. O mercado financeiro, mais realista e precavido, aposta que a inflação oficial corre o sério risco de encerrar o ano acima do teto da meta.
Longe dos números econômicos oficiais, sempre manipulados por um governo que de forma desesperada tenta manter-se no poder, a inflação real, aquela que assusta diuturnamente os brasileiros, já deixou para trás o patamar de 20% ao ano. Essa realidade é facilmente constatada na alta dos preços dos produtos mais consumidos, começando pelos gêneros alimentícios. Essa elevação de preços não apenas comprova que a inflação real caminha na direção do inalcançável, mas explica a resistência dos níveis de inadimplência. Isso porque o consumidor passou a priorizar a sobrevivência, deixando de lado os compromissos financeiros que foram assumidos na esteira das pílulas de ufanismo lançadas por Lula.
Em suma, Dilma precisa compreender que mentir é um detalhe comprometedor do comportamento humano, mas quando isso prevalece é porque a mentira tornou-se uma doença, muitas vezes passível de solução em um bom e confortável divã. Desde que o psicanalista entenda o que é mitomania em último grau. Resumindo, Dilma é mentirosa e acredita ser o povo brasileiro formado por ignorantes.