Dilma insiste em penalizar trabalhadores para tirar o País do “atoleiro” da crise econômica

dilma_rousseff_499Pane dos neurônios – Sob rígida dieta alimentar desde o final de 2014, a presidente Dilma Rousseff ressurgiu na cena política, na terça-feira (27), com silhueta mais delgada, mas mostrou ao País que sua essência mitômana cresceu em tamanho e intensidade. Ao abrir a primeira reunião ministerial do novo governo, na Granja do Torto, a petista reeleita mentiu sobre diversos temas, ao mesmo tempo em que pediu aos ministros que mintam para defender, a qualquer custo, um governo incompetente e corrupto.

Em declarações marcadas pela dualidade, Dilma tentou endossar publicamente o pacote de maldades anunciado recentemente pelo ministro da Fazenda Joaquim Levy, mas acabou se perdendo ao negar as próprias afirmações. A presidente da República disse, mais uma vez, que os direitos trabalhistas são intocáveis, mas mudanças no setor levaram os trabalhadores a protestos em todo o País nesta quarta-feira (28). Seguro desemprego e pensão por morte tiveram as regras alteradas apenas para que o governo consiga cumprir suas metas fiscais. Da mesma forma, Dilma garantiu que os programas sociais não sofreriam qualquer corte orçamentário, mas não é isso que se viu em protesto do MTST na zona leste da capital paulista, também nesta quarta.

Para piorar o que já é ruim, a presidente rejeitou a proposta de reajuste da tabela do Imposto de Renda (pessoa física) em 6,5%, índice mínimo necessário já que a inflação oficial encerrou o ano passado no mesmo patamar. Ao rechaçar o reajuste da tabela do IR, Dilma disse que é preciso agir com prudência para não ferir a lei de responsabilidade fiscal. É bom lembrar que a própria Dilma Rousseff acionou o rolo compressor estacionado no Congresso Nacional para aprovar, a fórceps, o projeto que criminosamente anulou a meta de superávit fiscal de 2014.

Líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), ao comentar discurso da presidente da República no encontro com ministros, disse que a petista quer tirar o País do “atoleiro” penalizando os trabalhadores. “Ela quer que a classe média e os trabalhadores paguem o pato por sua incompetência no comando da economia”, criticou Bueno.

Na opinião do parlamentar, ao alterar as regras de concessão de benefícios trabalhistas e previdenciários para reduzir gastos com a máquina pública, o governo covardemente retira direitos dos trabalhadores. “Dilma gastou irresponsavelmente, principalmente no último ano, com a proximidade das eleições. Agora vê no abono salarial e no seguro-desemprego uma forma de arrecadar mais recursos para tirar o país da crise”, afirmou.

As mudanças na lei trabalhista proporcionarão uma economia de R$ 18 bilhões aos cofres federais, mas é preciso avaliar o impacto que essas medidas provocarão no consumo interno. Para um governo que busca aumentar as receitas e diminuir despesas, comprometer o consumo é o que se pode chamar de tiro no pé.

Dando sequência às duras e ácidas críticas, porém procedentes, Rubens Bueno disse que a presidente da República se vale da mesma estratégia de marketing da campanha eleitoral ao exigir que os 39 ministros “vendam” à opinião pública a ideia embusteira de que o Brasil é a versão tropical e remodelada do País de Alice, aquele das maravilhas fantasiosas. “É a mesma retórica do palanque. Dilma mente ao dizer que quer ampliar as oportunidades e em manter conquistas. Mas, na verdade, quer mesmo é jogar nas costas dos brasileiros os problemas causados por seu governo na economia do país”, analisou.

Petrolão

O líder do PPS ironizou ainda a declaração presidencial sobre a corrupção na Petrobras. A petista disse é preciso punir e combater os malfeitos sem destruir empresas, em claro recado à oposição. “Quem está destruindo a Petrobras é o partido da presidente, PT, que está enfiado até o pescoço neste esquema de corrupção monumental, montado para tungar a empresa”, disse Rubens Bueno.

Dilma sabe que a Operação Lava-Jato já subiu a rampa do Palácio do Planalto e na sede do Executivo federal fará um estrago considerável, pois o Petrolão, o maior escândalo de corrupção da história brasileira, começou com Luiz Inácio da Silva, o alarife Lula, e seguiu adiante com a conivência criminosa da presidente reeleita.

Sendo assim, qualquer discurso de combate à corrupção não pode ser levado a sério, já que três dos principais partidos da base de sustentação do governo – PT, PMDB e PP – estão mergulhados na lama fétida que emerge do esquema bandoleiro que saqueou os cofres da Petrobras.

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