Vida dura – Presidente da República, Dilma Rousseff, acompanhada de um séquito palaciano, chegou a Roma dois dias antes da cerimônia que marcará o início oficial do pontificado do papa Francisco. Tomando por base que o Brasil não vive um bom momento econômico, a inflação real está fora de controle e o salário mínimo vale a “fortuna” de R$ 678, a presidente poderia aproveitar esse período para contatos com políticos italianos ou, então, usar a embaixada brasileira para tratar de assuntos do País.
Diferentemente do que faria um executivo de empresa, Dilma aproveitou o domingo e a segunda-feira para o “dolce far niente”, tudo custeado com o suado dinheiro do trabalhador. A presidente não acredita na Igreja e deveria ter mantido a decisão inicial de não ir à cerimônia no Vaticano, mandando em seu ligar o embaixador do Brasil na Itália. A repentina mudança de decisão encontra explicação na necessidade de o Estado brasileiro se fazer representar, não sem antes a participação de Dilma funcionar como arma de campanha.
Deixando de lado a cerimônia de entronização do papa Francisco, o que não a torna menos importante, a estada de Dilma Rousseff e seus assessores em um hotel de luxo da capital italiana se justificaria se o grupo estivesse trabalhando. Como a viagem é de turismo e entremeada por um compromisso oficial, a comitiva verde-loura poderia se hospedar na embaixada brasileira, que, diga-se de passagem, está instalada em um belíssimo e histórico prédio.
Para esses dias de ócio oficial, cada integrante da comitiva presidencial gastará um bom dinheiro no elegante Hotel Westin Excelsior, localizado no número 125 da Via Vittorio Veneto, no centro de Roma. A diária de um apartamento standard no Westin Excelsior custa a bagatela de € 967, o que equivale a R$ 2.456,00. Já a “Grand Luxe Suite” sai por € 1.984, o que corresponde a R$ 5.039,00.
Como defendeu o editor do ucho.info nas redes sociais, no domingo (17), essa despesa pouco representaria, se considerado o escárnio em que se transformou o Brasil, se os palacianos estivessem trabalhando em Roma. Diante da visita de Dilma à exposição do pintor Tiziano, a viagem já pode ser considerada um atentado contra a dignidade dos que ganham por mês um salário mínimo, que na opinião dos que acompanham á presidente é um grande avanço em termos de distribuição de renda.