Dilma usa avião presidencial para viajar a SP e participar de gravações para a campanha de Haddad

Virou bagunça – Em um país com doses mínimas de seriedade e com governo na mesma trilha, a presidente Dilma Rousseff já estaria sendo questionada na Justiça. Sempre afeita ao discurso moralista, Dilma não perdeu tempo e acionou sua tropa de choque no Congresso Nacional para que a Câmara dos Deputados aprovasse a Medida Provisória que amplia o Bolsa Família, programa social que acabou criando um vasto curral eleitoral, majorado e mantido de forma tão impressionante quanto covarde.

A MP aprovada no plenário da Câmara na noite de terça-feira (4) concede um benefício adicional, dentro do Programa Bolsa Família, para combater a extrema pobreza na chamada primeira infância (0 a 6 anos de idade). O tal benefício, de acordo com o texto da Medida Provisória, corresponderá ao valor necessário para que a soma da renda familiar mensal e dos benefícios financeiros supere R$ 70 per capita.

Não se trata de discutir a necessidade dessa medida, mas de questionar o momento de sua aprovação, uma vez que o País vive um período eleitoral em que os candidatos do Partido dos Trabalhadores começam a sofrer os efeitos colaterais das condenações de alguns dos réus do mensalão.

Como abuso é o prato predileto do governo do PT, Dilma Rousseff embarcou na manhã desta quarta-feira (5) em avião presidencial rumo à capital paulista, onde almoçou com o ex-presidente Luiz Inácio da Silva, seu mentor eleitoral, e participou de gravações para o programa político do companheiro Fernando Haddad, candidato petista à prefeitura paulistana.

Considerando que agenda de Dilma é eminentemente partidária, nada mais justo do que as despesas referentes à viagem sejam pagas pelo PT, uma vez que, como comprovado no plenário do STF, a legenda tem enorme facilidade de conseguir empréstimos inexplicáveis.