Dilma volta a falar em violência contra a mulher, mas não explicou o caso do pedófilo da Casa Civil

eduardo_gaievski_26Papo furado – Nada pode ser mais falso e mentiroso do que a campanha de Dilma Rousseff à reeleição. Com base nas recentes pesquisas eleitorais, o entourage da candidata passou a comemorar alguns dados, como, por exemplo, o crescimento da candidata entre o público feminino. Na esteira desse dado, Dilma começou a prometer que, se eleita, priorizará o combate à violência contra as mulheres.

Trata-se de mais um embuste discursivo, pois à petista interessa mostrar-se politicamente correta apenas para conquistar mais alguns votos, uma vez que a disputa está acirrada. Quem acompanha o cotidiano do ucho.info sabe que os jornalistas do site cobram há mais de um ano qualquer pronunciamento de Dilma Rousseff a respeito de um dos maiores escândalos do governo petista: o caso do pedófilo da Casa Civil.

Guindado ao cargo pela então ministra Gleisi Hoffmann, o maníaco sexual Eduardo Gaievski foi preso em agosto de 2013 no rastro da acusação de ter cometido 38 estupros, todos contra meninas pobres de Realeza, cidade do interior paranaense. A situação do “Monstro da Casa Civil” é ainda pior porque pelo menos quatorze desses crimes foram cometidos contra vulneráveis (menores de 14 anos). Gleisi, que um dia sonhou em chegar à Presidência da República, não se incomodou em instalar um criminoso a poucos metros do gabinete da principal autoridade do País.

Quando foi indicado para o cargo de assessor especial na Casa Civil, Gaievski já era investigado pelo Ministério Público do Paraná, sendo que a extensa maioria das acusações estava disponível na rede mundial de computadores. Em qualquer caso de indicação de assessor para cargo de confiança, cabe ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência e à Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) o dever de ofício de analisar a vida pregressa do indicado. O ucho.info não acredita que ambos os órgãos tenham deixado de cumprir o que manda a legislação vigente.

De tal modo, se a indicação de Eduardo Gaievski se consumou é porque alguém bancou o processo, apesar de todas as recomendações para que o mesmo fosse barrado. O absurdo maior cometido por Gleisi Hoffmann foi ter incumbido o pedófilo de cuidar das políticas do governo federal dedicadas a crianças e jovens, algo no melhor estilo “raposa tomando conta do galinheiro”. Desde a prisão de Gaievski, que continua perambulando pelas penitenciárias paranaenses à espera das condenações, Gleisi se limitou a dizer que não sabia dos viés criminoso do ex-assessor. Desculpa esfarrapada de quem não quer assumir a culpa por um ato insano.

O discurso de Dilma de que reforçará o combate à violência contra as mulheres, vociferado na cidade de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na quarta-feira (22), não passa de passa de mais uma mentira de campanha, pois fosse esse o objetivo a presidente já teria solicitado ao PT a imediata expulsão de Gaievski, que, de acordo com os registros da Justiça Eleitoral, continua filiado ao partido. Um escárnio sem precedentes e que coloca por terra a promessa mentirosa e eleitoreira de Dilma. Que as mulheres de bem deste País não caiam nessa conversa fiada de Dilma, que em seus rompantes palacianos não respeita interlocutores mais próximos, sejam homens ou mulheres.

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